Ex-senadora foi condenada no TSE por suposto caixa dois de R$ 1,2 milhão
O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, manifestou-se contra o recurso apresentado pela ex-senadora Selma Arruda (Podemos-MT), conhecida como ‘Moro de saias’. Ela busca reaver seu mandato no Supremo Tribunal Federal. Em abril deste ano, a Mesa Diretora do Senado cassou a então parlamentar depois de o Tribunal Superior Eleitoral condená-la por caixa dois. Selma argumenta que não teve tempo para se defender, o que limitou seu direito à ampla defesa. Contudo, o PGR apontou que não houve violações e que a senadora pôde se manifestar durante todo o processo. Além disso, Aras sustenta que uma intervenção do Judiciário no caso, que já foi encerrado no Senado, incorreria em risco de invasão de competência privativa do Poder Legislativo.
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A cassação de Selma, por 6 a 1, se deu por suposto caixa dois de R$ 1,2 milhão. Conforme a quebra de sigilo, os valores gastos por ela em sua campanha foram transferidos por seu primeiro suplente, Gilberto Possamai. As transferências ocorreram antes do período eleitoral, o que teria possibilitado despesas com a campanha antecipadamente, o que é proibido pela legislação. Selma ficou conhecida como ‘Moro de saias’ em razão das penas que aplicou a políticos e servidores públicos. Ela mandou prender, por exemplo, o ex-governador Silval Barbosa (MT) e empresários influentes no Estado, em 2017. Selma também condenou a 26 anos e sete meses de prisão o ex-deputado José Riva por “escabroso esquema” na presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.