O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou ao reitor da Universidade de São Paulo (USP), Vahan Agopyan, uma representação em que pede a apuração de suposta “violação ética” do professor Conrado Hubner Mendes, da Faculdade de Direito. O PGR atribui ao professor a prática de crimes contra a honra.
Segundo Aras, os termos usados por Conrado ultrapassam a crítica ácida “para flertar com o escárnio e a calúnia”. O procurador pede que a USP apure a conduta do professor e submeta a representação à sua Comissão de Ética.
Em janeiro, o professor usou sua conta no Twitter para se referir a Aras como “poste-geral da República” e “servo do presidente” Jair Bolsonaro. Também acusou o PGR de se omitir quanto à responsabilidade do governo na pandemia.
No mesmo mês, Conrado publicou em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo um texto intitulado “Aras é a antessala de Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional”, no qual reforçava as acusações. Na ocasião, sugeriu ainda que o PGR promove o engavetamento de investigações criminais contra aliados de Bolsonaro e desmonta forças-tarefa de combate à corrupção.
O PGR acusa o professor de cometer os crimes de calúnia, injúria e difamação. Ele ainda lista sua versão sobre todas as queixas apresentadas por Conrado e nega ter cometido qualquer dos atos a ele atribuídos.
Conrado Hubner respondeu pelas redes sociais: “Mais um episódio do Estado de Intimidação por autoridade que explodiu a dignidade do cargo que ocupa, contra um professor que tenta exercer liberdade de crítica”.
um pulha praticando vigarice com a opinião publica!
Liberdade de expressão pra mim, improbidade administrativa, autoritarismo, intimidação, abuso de autoridade e genocídio para quem não faz o que quero, para quem odeio, pensa diferente e não é da minha turma.
Acontece que professor da USP antibolsonarista tem liberdade de expressão garantida pelo STF. Professor de direito e não conhece liberdade com responsabilidade?