O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 26, que vai adotar “medidas racionais” em relação à nova variante do coronavírus, que surgiu na África do Sul. Ele descartou a possibilidade de lockdown ou fechamento de fronteiras.
Bolsonaro afirmou que conversou com o presidente da Anvisa, almirante Antônio Barra Torres, e com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), sobre as medidas a serem tomadas.
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“Tudo pode acontecer, uma nova variante, um novo vírus. Mas o Brasil e o mundo não aguentam um novo lockdown, seria condenar todos à miséria, que leva à morte também. Temos que encarar a realidade sem se [sic] apavorar”, disse, após participar de evento no Rio de Janeiro.
“Discutimos a Argentina: quem vier de carro da Argentina para cá entra sem problemas. Quem vier de avião faz quarentena de quatro dias. Então, vou tomar medidas racionais”, pontuou.
O Ministério da Saúde emitiu um alerta de risco para as secretarias de Saúde sobre a nova variante. Segundo o documento, até hoje ainda não foi identificado nenhum caso de covid no Brasil causado por essa cepa.
Também nesta sexta-feira, a Anvisa sugeriu limitar a entrada no Brasil de quem esteve, nos últimos 14 dias, em seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
A agência informou que a efetivação das medidas sugeridas depende de portaria interministerial. A decisão tem de ser tomada conjuntamente pela Casa Civil, pelo Ministério da Saúde, pelo Ministério da Infraestrutura e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A nova variante, nomeada de Omicron, foi encontrada inicialmente na África do Sul e é motivo de preocupação entre cientistas e autoridades. Com mais de 50 mutações diferentes, a nova cepa já é considerada por especialistas a “mais significativa” encontrada até agora.
Parte das mudanças foi identificada na proteína spike, a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é alvo da maioria das vacinas. Isso aumenta a preocupação de que a variante possa “escapar” da proteção conferida pelos imunizantes desenvolvidos até agora.
Vindo de avião ou de carro trás o vírus do mesmo jeito se estiver infectado.
No meu parco e humilde entendimento sobre esse assunto, acredito que quando se detecta uma nova variante como essa, ela já circulou pelo mundo todo. Se estivéssemos em meados do século passado, quando essas viagens internacionais por avião eram caríssimas e poucas também, essa circulação dessas doenças eram muito mais difíceis, exceção talvez para a gripe espanhola, por causa da 1ª guerra mundial. Mas também temos vários países fronteiriços, onde se verifica um grande movimento de pessoas, será que esses países vão se proceder da mesma forma?