Durante uma reunião no Palácio do Planalto em novembro de 2022, o então presidente Jair Bolsonaro recebeu uma “minuta de decreto” para executar um “golpe de Estado” que pedia a prisão de “diversas autoridades”. Entre elas, a prisão do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, o documento determinava a realização de novas eleições.
As informações são da Polícia Federal (PF) e constam no inquérito do STF, que é relatado por Moraes. Segundo a investigação, o documento foi entregue a Bolsonaro por Filipe Martins, então assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República; e pelo advogado Amauri Feres Saad.
Ao ler o documento, o então presidente teria pedido alterações. Ele pediu que os nomes de Pacheco e de Gilmar fossem retirados e que fossem mantidos apenas o pedido de prisão contra Moraes e a determinação de novas eleições.
Conforme a PF, a minuta “detalhava diversos ‘considerandos’ (fundamentos dos atos a serem implementados) quanto a supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo”.
“De acordo com o colaborador, prosseguindo nos atos, o então presidente da República teria determinado alguns ajustes na minuta do Decreto, permanecendo ‘apenas’ a determinação de prisão do ministro Alexandre de Moraes e a realização de novas eleições presidenciais”, informou a PF.
O encontro em que a minuta teria sido entregue a Bolsonaro teria acontecido em novembro de 2022, portanto, depois do segundo turno eleitoral, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito, derrotando Bolsonaro. A PF deflagrou na manhã, desta quinta-feira, buscas e apreensões contra a cúpula aliada de Bolsonaro.
“Em verdade, desde novembro, as investigações demonstram que já circulavam entre Mauro Cid [ex-ajudante de ordens], Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Ronald Ferreira de Araújo Júnior documentos eventualmente relacionados com medidas mais drásticas”, informou a PF.
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Segundo a PF, a análise e as discussões sobre o documento “mais robusto”, apresentado por Martins, teriam suscitado a convocação de “uma série de reuniões” por parte de Bolsonaro. “Inclusive para tratativas com militares de alta patente sobre a instalação de um regime de exceção constitucional”, continuou a polícia.
Conforme a PF, a suposta tentativa de prisão de Moraes tinha data e local para acontecer: 18 de dezembro de 2022, na casa do ministro, em São Paulo. O então ajudante de ordens Mauro Cid e o coronel Marcelo Câmara, então assessor da Presidência, teriam trocado mensagens para saber a localização de Moraes.
“Nesse sentido, a autoridade policia narra que, no planejamento operacional descrito pelo General Virgílio, a prisão desse relator seria executada no dia 18/ 12/ 2022, em sua residência em São Paulo”, diz o trecho da decisão de Moraes.
As investigações indicam que um núcleo de inteligência formado por assessores próximos a Bolsonaro estariam monitorando a agenda, deslocamento e localização de diversas autoridades, incluindo Moraes.
Bolsonaro ‘ajustou decreto’, diz PF
Conforme as investigações, ocorreu ainda uma reunião em 19 de novembro de 2022 no Planalto. Participaram do encontro Martins, Saad e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva.
Outra reunião teria acontecido em 7 de dezembro do mesmo ano. Na ocasião, estavam reunidos Martins; Saad; o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos e o general Freire Gomes.
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“Mensagens encaminhadas por Mauro Cid para o General Freire Gomes sinalizam que o então presidente Jair Messias Bolsonaro estava redigindo e ajustando o decreto e já buscando o respaldo do general Estevam Teophilo Gaspar de Oliveira (há registros de que este último esteve no Palácio do Planalto em 9/12/2022, fls. 169), tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento”, continuou a PF.
Oeste tenta contato com a defesa dos envolvidos até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Atualizada em 8/02/2024, às 12h46
Alguns apontamentos:
1) É irônico que “eles” podem cometer qualquer crime impunemente, mas “nós” somos condenados até por um punzinho;
2) Os caras foram muito principiantes, deixaram evidências pra todo lado e realizaram tratativas POR TELEFONE(!?);
3) Existem ações que demandam ir além do plano, precisam ser executadas.
DELENDA EST CARTHAGO
Esse careca é um lunatico e pervertido. E a PF virou um Bordel. Bem feito para os melancias totalmente desmoralizados. Não tem quem os defenda e a PF vai pelo mesmo.caminho
Vejam que safadeza, no próprio texto mostrado por Oeste, foi “redigido” por Moraes, ele escreve : “esse relator”. Ou seja, o cara se coloca como vítima, acusador, investigador, julgador e algoz. Vá pqp! Outra coisa, não há crime nenhum em se discutir aplicação de medidas respaldadas na Constituição. Não sei se pelo Artigo 142 ou qualquer outro. O que importa é se foi feito ou não. E também não é golpe, porr* nenhuma. Na verdade, golpe foi dado com a soltura de um condenado, anulação das condenações das 3 instâncias, perseguições e as sacanagens do TSE e STF com a campanha de Bolsonaro, os roubos das inserções de rádio, as mentiras, calunias e difamações da mídia mainstrain, o descaso do Exercito na fiscalização, as maquinetas foram a cereja do bolo. Após toda essa sacanagem, não queriam que o povo se revoltasse?
Agora estão querendo prender o presidente legitimamente eleito pelo povo, simplesmente para igualá-lo ao que foi preso, acusado e condenado em 3 instâncias por corrupção. Desgraçados. Até quando esses malditos acham que vão dominar a maioria da populção?
A exigência deveria ter sido feita lá atrás. O Congresso e as FFAA não deveriam deixar sair às eleições sem o voto impresso AUDITÁVEL. A partir daí não adianta chorar o leite derramado. FAZUÉLE PERDEU MANÉ
NÓS DERROTAMOS O BOLSONARISMO.
Transfira para os outros aquilo que você faz. Acuse os outros dos crimes que você comete. Aponte nos outros o monstro que você é. E assuma o poder e destrua o outro.
Acho que não era golpe e sim contra golpe porque o golpe mesmo foi com a soltura do ladrão inelegível condenado ser candidato a presidente.
Ok, já li milhões de notícias sobre o golpe que seria dado. Algum documento, prova, indício concreto? Algum bilhete, filme, foto, conversa gravada? PQP façam-me o favor, vamos parar de procurar pelo em ovo.
Mas nada disso aconteceu. Narrativa ridícula. Bom era quando a PF não era do Alexandre de Moraes e prendia corrupto e narcotraficantes.
Se um golpe estava em andamento, por que então não aconteceu? Isso eles não conseguem explicar.
Estão fazendo conjecturas e criando teorias de conspiração, essa é uma tática tirada do livro ” Regras para Radicais”, acuse seu inimigo, culpando-o por aquilo que você mesmo fez.