O presidente do diretório estadual do Partido Liberal (PL) no Rio de Janeiro, Altineu Côrtes, afirmou que Jair Bolsonaro será o candidato do partido à Presidência da República em 2026. Em entrevista nesta segunda-feira, 18, ele ainda disse considerar Flávio e Eduardo Bolsonaro, filhos do capitão, como os sucessores naturais do ex-presidente.
Em entrevista ao jornal O Globo, Côrtes, que também é deputado federal, foi sucinto na resposta sobre quem seria o candidato do PL caso o ex-presidente continue inelegível: “O candidato é o Bolsonaro”.
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O ministro Alexandre de Moares, enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou o ex-presidente inelegível em junho de 2023. A inelegibilidade tem vigência de oito anos, até 2030.
Entretanto, Côrtes disse que, se o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, conseguiu reverter a própria situação judicial e ser candidato, em 2022, crê também que Bolsonaro conseguirá concorrer em 2026. “Confio que o presidente Bolsonaro vai reverter essa situação [do TSE].”
O jornal O Globo perguntou ainda se levar a candidatura de Bolsonaro até o limite legal e, caso necessário, trocar a chapa — como fez com Lula em 2018 — seria uma estratégia. Ao que o presidente do PL no Rio de Janeiro falou que a decisão cabe a Bolsonaro.
O ex-presidente está “muito motivado”, completou o deputado. “Tivemos um estímulo com a vitória do Trump.”
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Quanto ao futuro da liderança na direita, Altineu afirmou que, quando Bolsonaro decidir passar o bastão, “os nomes fortíssimos” são Flávio e Eduardo Bolsonaro. “Os dois têm um respeito enorme na direita”, além de já ocuparem assentos em Brasília.
Flávio Bolsonaro pelo Rio de Janeiro. Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro é deputado federal por São Paulo. Os dois são filiados ao PL.
Por fim, o presidente do diretório fluminense do PL disse crer que deve haver a votação da anistia para os presos do 8 de janeiro, mesmo que o resultado seja negativo. “Não considero que uma senhora que participou daquilo sem uma arma, uma bomba, deva pegar 17 anos de prisão.”