A Comissão Externa sobre Danos Causados pelas Enchentes no Rio Grande do Sul (RS) vai realizar, na próxima terça-feira, 5, uma audiência pública para debater a renegociação da dívida dos produtores rurais do Estado que foram vítimas das enchentes que atingiram a região em maio deste ano.
A discussão também vai abranger a concessão de crédito rural aos produtores no Rio Grande do Sul. A audiência pública vai ser realizada em conjunto com a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr).
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O requerimento para realização da audiência pública foi apresentada pelo deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), e aprovado pelo colegiado na última quarta-feira, 30.
“Essa comissão tem sido incansável graças ao trabalho conjunto dos parlamentares que estão debruçados sobre esse tema do Rio Grande do Sul”, disse. “É um trabalho árduo, tem muito ainda a ser feito. Muitos infelizmente já se esqueceram da situação em que nós enfrentamos e seguimos enfrentando no nosso estado, mas não essa comissão.”
O presidente da comissão externa também destacou que os produtores rurais do Estado não estão acessando os recursos necessários para suas atividades em decorrência da ausência de um fundo garantidor ou por já terem atingido seus limites de crédito com os bancos.
“O valor liberado pelo governo Lula, via BNDES, esgotou-se em menos de 10 minutos. Muito pouco e de difícil acesso. O agro gaúcho não suporta mais esperar. Urge um debate que gere soluções mais eficientes”, afirmou.
Cerca de 1,6 mil pessoas seguem em abrigos no Rio Grande do Sul
Depois de quase seis meses da enchente que atingiu o Rio Grande do Sul, 1.810 pessoas ainda permanecem em abrigos públicos. O monitoramento é realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) do governo gaúcho. Ao todo, 40 abrigos seguem em funcionamento em 23 cidades do Estado.
Quase metade dos desabrigados, ou 48,78%, está na Região Metropolitana de Porto Alegre. Já 25,86% residem no Vale do Taquari.
A cidade de Canoas, localizada a cerca de 20 quilômetros da capital, concentra o maior número de desabrigados, com 501 pessoas abrigadas em dois locais, representando 27,68% do total.