O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou, nesta quinta-feira, 18, que não possui “nada que possa incriminá-lo” em relação aos eventos ocorridos em 8 de janeiro. A declaração foi dada a jornalistas antes de ele prestar depoimento na sede da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro.
“Acho que é pesca probatória. Isso que eles têm feito muito. Fazem diligência, busca e apreensão, para tentar encontrar alguma outra coisa para nos acusar”, ressaltou Jordy, que é líder da oposição na Câmara dos Deputados. “É uma pesca probatória que, óbvio, tem um viés político, tem a questão da minha pré-candidatura a prefeito de Niterói. Não tenho nada que possa me incriminar com relação ao 8 de janeiro.”
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Segundo as investigações da PF, há indícios de que o deputado “mantém fortes ligações” com Carlos Victor de Carvalho. CVC, como é conhecido, foi identificado como uma liderança que organizava eventos nas proximidades do Batalhão do Exército.
Na decisão de busca e apreensão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes destaca que a relação entre Jordy e Carvalho “transpassa o vínculo político, vindo denotar-se que o parlamentar além de orientar tinha o poder de ordenar as movimentações antidemocráticas, seja pelas redes sociais ou agitando a militância da região”.
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O deputado negou qualquer vínculo com os manifestantes ocorridas no começo de 2023. “Dizem que eu tenho mensagens trocadas com pessoas que bloquearam [estradas]”, disse Jordy. “Se alguém bloqueou alguma coisa, se alguma pessoa que esteve no 8 de janeiro conversou comigo, eu sequer sabia que ela iria fazer alguma coisa. Não conheço ninguém que esteve no 8 de janeiro.”
Mensagens trocadas entre Carlos Jordy e manifestante
Conforme a decisão de Moraes, a PF identificou pelo menos 15 grupos de WhatsApp com conteúdo antidemocrático administrado por Carlos Victor de Carvalho.
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No documento, a PF trabalha com a hipótese de uma relação entre Carlos Jordy e CVC com base em uma troca de mensagens logo depois da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nessa troca, CVC chama Jordy de “meu líder” e pede orientações ao parlamentar.
- CVC: “Bom dia, meu líder. Qual direcionamento você pode me dar? Tem poder de parar tudo”;
- JORDY: “Fala irmão, beleza? Está podendo falar aí?”; e
- CVC: “Posso irmão. Quando quiser pode me ligar”.
Operação contra Carlos Jordy
O deputado federal Carlos Jordy foi alvo de busca e apreensão pela PF nesta quinta-feira. Agentes cumpriram mandados tanto na Câmara dos Deputados quanto na residência do parlamentar. A operação foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que ainda determinou a quebra de sigilo do congressista.
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Não sobrará oposição em pé. Dá-lhe uso da Gestapo e submissão vergonhosa do Legislativo. Venezuela/Nicarágua que nos esperem.
Se entendi, deputados e senadores não poderiam ser presos, sem razão ou se a razão for somente que ele é oposição do partido do STF.
BARROSO FICA EM MAUS LENÇÓIS EM DAVOS. POR SER O PRESIDENTE DO PODER JUDICIÁRIO DO BRASIL, TERÁ – POR DEVER DE OFÍCIO – DE EXPLICAR COMO UM SUBORDINADO SEU FECHA UM DOS TRÊS PODERES DA REPÚBLICA. OU VAI SIMPLESMENTE DIZER: “PERDEU, MANÉ; NAO AMOLA”.
Esse circo do 08 de Janeiro me remete à Inconfidência Mineira. Passado um ano Moraes, na sua fantasia pueril, ainda insiste em gerar seus Inconfidentes e dentre eles eleger um Tiradentes.