Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a relação do governo brasileiro com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, será pragmática. O diplomata deu a declaração durante entrevista ao jornal O Globo nesta quarta-feira, 6.
“Vamos manter o pragmatismo como mantivemos com Bush”, afirmou Amorim. “Lula demonstrou simpatia a Kamala Harris, mas muito mais grave foram as críticas que o Brasil fez ao Bush no ataque ao Iraque. Isso não nos impediu de ter boas relações. O Brasil fez críticas muito fortes a Bush, não aprovou a Alca, e o Bush veio aqui duas vezes, colocou o capacete da Petrobras.”
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Amorim comparou os desafios de lidar com Trump aos embates do governo Lula com o ex-presidente norte-americano George Bush. O diplomata também afirmou que o presidente brasileiro está aberto ao diálogo com Trump, mas não há definição de contatos antes da posse.
“É cedo para falar que Trump vai ter uma postura protecionista”, afirmou Amorim. “Candidato fala muita coisa, depois tem de pensar direitinho como vai fazer.”
Lula parabeniza Trump
O petista parabenizou Trump pela vitória nas eleições norte-americanas. Em uma publicação no Twitter/X, o presidente afirmou ser importante manter o diálogo global.
“O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”, escreveu Lula.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou as falas de Trump durante a campanha, as quais julgou agressivas, mas ressaltou que o discurso pós-vitória foi mais moderado. Ele mencionou que é necessário aguardar os desdobramentos do governo Trump para entender os impactos no Brasil.
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“Vamos ver os desdobramentos do governo Trump a partir do ano que vem”, disse Haddad. “Muito do que foi dito na campanha possivelmente vai ser moderado a partir da sociedade, apesar de a vitória ter sido inequívoca também no Parlamento. Então, ele vai ter muitos graus de liberdade. Mas a vida depois trata de corrigir algumas propostas mais exacerbadas, trata de moderar.”
Com a vitória de Trump, o dólar subiu no exterior. Já o Bitcoin atingiu recordes, negociado acima de US$ 75 mil. No Brasil, a moeda norte-americana abriu acima de R$ 5,85. Haddad disse que o Brasil precisa cuidar das finanças internas para minimizar impactos externos.
Ele errou o termo , oque é normal pra esse imbecil,
Não pragmatica , mas sim esquisofrenica.