Prefeitura da cidade do interior paulista culpou o fornecedor pela falta do alimento
Desde que a pandemia começou, os estudantes em situação de vulnerabilidade de Campinas, a 100 quilômetros de São Paulo, recebem uma cesta básica para substituir a merenda escolar, já que as escolas permanecem fechadas e muitas crianças só se alimentam nas instituições de ensino.
Neste mês, contudo, os pais tiveram uma surpresa.
No lugar do tradicional arroz, receberam 0,5 quilo de macarrão, 1 quilo de carne e 2 litros de suco de uva a mais no benefício, para compensar a ausência do cereal.
“Por conta da alta do arroz, como são 40 mil cestas, o fornecedor não conseguiu adquirir o produto. A prefeitura está cobrando do responsável que regularize a situação o mais rapidamente possível”, justificou em nota a gestão municipal campineira.
De fato, 5 quilos do grão, que em situação normal custam R$ 15 reais, em alguns lugares do Estado atualmente saem por R$ 40. Isso porque a alta demanda durante o confinamento social, tanto no Brasil quanto no exterior, forçou os preços para cima.
Nesta sexta-feira, 25, o prefeito da cidade, Jonas Donizette (PSB), afirmou que punirá a empresa que permitiu a entrega da cesta sem o arroz.
“Lá atrás contratei uma empresa para entregar as cestas básicas. Teve uma empresa que ganhou a licitação e ia fornecer esses produtos por tal preço. A pessoa chegou para mim agora e falou: ‘Subiu o arroz e vou subir o preço’. Eu falei: ‘O senhor não pode fazer isso. Porque o senhor, lá atrás, falou que ia fornecer por esse preço'”, enfatizou o prefeito. “Então, para as pessoas entenderem, porque senão falam assim: ‘A prefeitura tirou o arroz da cesta’. Não foi a prefeitura que tirou o arroz da cesta. Foi o fornecedor que tirou o arroz.”
Acho que estao roubando sem o menor pudor. Pode investigar que acha.