O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou nesta quarta-feira, 15, que o empresário Marconny Faria, apontado como lobista da Precisa Medicamentos, passou da condição de testemunha para investigado.
“Passo a elevar a lista dos investigados desta Comissão Parlamentar de Inquérito e incluo nesta oportunidade o nome do senhor Marconny Faria”, afirmou o emedebista.
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Ao todo, a CPI já tem uma lista de 30 investigados, entre eles, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco.
Depoimento de Marconny Faria
Marconny negou que tenha atuado como lobista da Precisa Medicamentos. Ele disse que foi sondado quando a empresa queria vender testes rápidos de covid ao Ministério da Saúde, mas afirmou que as tratativas não avançaram e negou ter recebido dinheiro da empresa.
“O Ministério da Saúde cancelou essa concorrência em andamento e decidiu pela utilização de outros meios de testagem da população, tendo aí terminado toda e qualquer participação no assunto, ou seja, tudo isso não passou de uma conversa de WhatsApp que durou aproximadamente 30 dias”, afirmou.
Mensagens cedidas pelo Ministério Público Federal à CPI demonstram que Marconny participou ativamente de tentativa de fraudar licitações da Saúde para a compra de testes anticovid. Ele chegou a discutir uma “arquitetura ideal” para fraudar licitações.
Essa atuação teria acontecido em associação com Francisco Maximiano e Danilo Trento, ambos da Precisa, José Ricardo Santana, ex-secretário de órgão vinculado à Anvisa, e Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde.