O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), disse que há uma “banalização” nas representações dos partidos. Nesta quarta-feira, 30, o colegiado analisa 17 representações — a maioria pertence ao PL e ao Psol.
Lomanto explicou que se reuniu com os líderes da Casa e disse que todos possuem a mesma impressão das representações.
Uma das denúncias do PT, por exemplo, foi motivada por que o deputado José Medeiros (PL) pisou no pé do deputado Miguel Ângelo (PT-MG) durante uma sessão na Câmara. O caso foi derrubado por unanimidade hoje.
“Observamos uma polarização e uma guerra política”, disse o presidente do Conselho de Ética. “Muitas vezes, os partidos usam o conselho para exacerbar essa guerra política. Mais uma vez, fazemos um apelo para podermos travar os debates de forma respeitosa.”
Lomanto ainda explicou que, nas próximas vezes, o Conselho vai analisar se vai receber a denúncia dependendo do que o partido alegar na representação.
Novos casos no Conselho de Ética
Ainda nesta manhã foram realizados sorteios para a escolha dos relatores de sete casos, sendo dos seguintes deputados: Dionilso Marcon (PT-RS); Glauber Braga (Psol-RJ); Abílio Brunini (PL-MT); André Fernandes (PL-CE) ; Ricardo Salles (PL-SP); Zucco (Republicanos-RS) e Sâmia Bomfim (Psol-SP).
No caso de Marcon, durante uma sessão na Comissão de Trabalho, ele disse ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que a facada, que o ex-presidente Jair Bolsonaro sofreu, foi falsa.
Em relação a Glauber, ele teria tentado ridicularizar Eduardo ao dizer que a extrema-direita “senta no colo de príncipe saudita” — em referência aos presentes recebidos pelo ex-presidente na Arábia Saudita durante sua gestão.
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Já o deputado Abílio foi representado depois de uma sessão da CPMI do 8 de Janeiro. Na ocasião, a deputada Erika Hilton (Psol-SP) disse que Abílio buscava “atrapalhar” os trabalhos do colegiado e que ele deveria “tratar sua carência em outro lugar”. Então, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que Abílio foi “homofóbico”, pois teria dito que Erika estaria “oferecendo os seus serviços”.
No caso de deputado Fernandes, durante a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, ele questionou trechos da PEC que citavam o “gênero” e “raça”. Então, a deputada Jack Rocha (PT-ES) explicou que o texto fazia menção a “gênero alimentício”.
Em seguida, Fernandes perguntou: “E raça, é de boi?”. Conforme o PT, ele teria “ridicularizado” a questão racial e de “identidade de gênero”.
Em relação a Salles, o Psol alega que ele teria permitido que Sâmia fosse hostilizada durante uma sessão da CPI do MST em 3 de agosto. O Psol também representou contra Zucco e o acusou de “desonrar o cargo para qual foi eleito” — ele é presidente da CPI –, cometendo ilegalidades e irregularidades contra Sâmia.
A deputada foi representada pelo PL por ofender o deputado General Girão (PL) durante uma sessão da CPI do MST. Na ocasião, Sâmia disse que o deputado era investigado pelos atos do 8 de janeiro e que seria “fascista”, “terrorista”, “golpista” e “bandido”.
Quanta briga de rua. Arraca cabelo, dá uma umbigada no ímoano e ou outro resposnde com uma mordida no céu da boca.
Só pode ser piada.