A mesa da CPMI do 8 de Janeiro avalia pedir o compartilhamento da delação premiada que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, fechou com a Polícia Federal (PF).
O presidente do colegiado, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), e a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), confirmaram a possibilidade, nesta terça-feira, 12.
Inicialmente, Eliziane pediu uma análise da Advocacia-Geral do Senado para propor uma colaboração premiada ao militar, e obteve aval. Contudo, a PF conseguiu fechar o acordo com a defesa do militar na semana passada.
No sábado 9, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou o acordo e concedeu a liberdade provisória ao militar.
Apesar do desejo, a relatora reconheceu que existem limitações jurídicas para obter o conteúdo da delação. Desse modo, ela reiterou a importância da recondução do tenente-coronel ao colegiado.
“Não há prejuízo dele conversar conosco e trazer as informações que serão pertinentes aos trabalhos da comissão”, disse a senadora. Conforme o presidente da CPMI, o novo depoimento do militar deve acontecer “nos próximos dias”.
Na segunda-feira 11, o advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, declarou que o novo depoimento seria “perda de tempo”. Além disso, que o tenente-coronel vai ficar em silêncio caso tenha que comparecer à comissão.