A CPMI do 8 de Janeiro marcou, para a terça-feira 26, a oitiva do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Alvo de nove requerimentos, general Heleno deve ser interpelado sobre seu suposto envolvimento com os atos de vandalismo que aconteceram em 8 de janeiro, em Brasília.
Conforme a ala governista, pessoas indicadas pelo general ao GSI ainda estavam nos cargos quando participaram do 8 de janeiro. A base do governo ainda deve questionar o general Heleno sobre uma reportagem da Agência Pública.
A matéria afirma que, durante a gestão do general Heleno, o GSI recebeu pessoas envolvidas com os atos de vandalismo. Entre os visitantes, estaria uma pessoa presa em flagrante durante as invasões de 8 de janeiro.
Já na quinta-feira 29, a CPMI vai colher o depoimento de Alan Diego dos Santos, condenado a cinco anos e quatro meses de prisão por tentar explodir uma bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília.
O ato aconteceu em 24 de dezembro e contou com a participação de outras duas pessoas: George Washington de Oliveira Sousa e Wellington Macedo de Souza. Ambos já foram ouvidos pela CPMI.
Embates para a aprovação de requerimentos
Em meio a impasses sobre as últimas convocações na CPMI, a ala governista e a oposição tentam emplacar os nomes que consideram prioritários. Conforme apurou Oeste, restam ainda seis oitivas antes do fim do colegiado.
Desse total, quatro vão ser entregues ao governo e duas à oposição. Os governantes tentam sugerir nomes que possam estar relacionados à delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O militar fechou uma colaboração premiada com a Polícia Federal que, depois, foi chancelada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A base do governo também incluiu na lista de pedidos o acesso aos Relatórios de Inteligência Financeiros (Rifs) do ex-presidente de sua mulher, Michelle Bolsonaro.
Já a oposição tenta convocar nomes relacionados a Força Nacional de Segurança, que responde ao Ministério da Justiça.
A mesa da CPMI pretende fazer a última reunião deliberativa na terça-feira 26. Apesar de não ter um acordo firmado entre governo e oposição, o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), pretende pautar as convocações em bloco.