Há uma clara divisão sobre as eleições 2020: Centrão defende manutenção de datas; esquerda defende adiamento
Após a reabertura gradual da economia em alguns Estados, cresceu a pressão dentro da Câmara, principalmente dos deputados ligados ao chamado Centrão, para que as eleições de 2020 não sejam adiadas. Conforme a Constituição, neste ano, o primeiro turno da disputa deve ocorrer no dia 4 de outubro, e o segundo turno em 25 de outubro.
Integrantes de partidos como Republicanos, Progressistas, PL, PTB, Solidariedade e PSD alegam que a tendência é que ocorra um natural achatamento da curva de contaminação da covid-19 até outubro e que não seria necessário um adiamento. Durante essa semana, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Roberto Barroso, citou a possibilidade de postergar o pleito para 6 de dezembro. Deputados do PSL e também da esquerda, como do PT, têm citado essa como uma data ideal para as eleições municipais.
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O líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), acredita que as próximas semanas serão fundamentais para que a Casa tenha um parâmetro concreto sobre a evolução da doença no País. “Creio que uma decisão por volta do dia 30 de junho teremos um parâmetro mais realista do cenário da pandemia para o 2° semestre. Será a ciência ao final que vai decidir [sobre o adiamento das eleições]”, defende o parlamentar.
Nesta terça-feira, 9, o Ministério Público Eleitoral (MPE) enviou ofício ao Congresso Nacional defendendo a manutenção das eleições para outubro.