Bancada da reforma tributária, presidida pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF), vai debater criação de um Imposto sobre Transações Financeiras (ITF), apelidado por alguns de “nova CPMF”, para tirar impostos sobre empresas e gerar empregos. Debate foi defendido por Mourão
O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu ontem, segunda-feira 13, a ideia de que o Congresso debata a criação de um Imposto sobre Transações Financeiras (ITF). Chamado por alguns de “nova CPMF”, em referência à extinta Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), o tributo encontra defensores e críticos entre os parlamentares.
A sinalização de Mourão não indica a defesa propriamente dita da proposta, mas abre caminho para a retomada do debate. O presidente da Frente Parlamentar Mista da Reforma Tributária, deputado Luis Miranda (DEM-DF), vai pôr o tema em discussão em reunião da bancada na quinta-feira da próxima semana, 23.
O ITF será debatido como proposta para desonerar a folha de pagamento das empresas. Em 2019, a alíquota patronal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) custou às empresas R$ 400 bilhões. O que a “nova CPMF” sugere é usar a receita do tributo criado para tirar impostos sobre as empresas e, assim, estimular a geração de empregos.
Democracia
Entretanto, a eventual criação de um ITF divide a bancada da reforma tributária, que conta com 196 deputados e 39 senadores. Uma boa parte, contudo, é contrária. Para Miranda, um dos principais entusiastas do tributo para a desoneração da folha, isso não é um problema. “Sou um defensor da democracia. Vamos defender aquilo em que a maioria acredita”, explica a Oeste.
A reunião da bancada terá por objetivo dar um impulso às discussões da reforma tributária. O intuito é mostrar dentro do Congresso e ao governo o que a bancada defende. Além do ITF, serão postos em debate um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Dual — que tem um núcleo de simplificação de impostos federais e o outro com ICMS e ISS —, tributação sobre lucros e dividendos mediante a redução do Imposto de Renda (IR) para pessoa jurídica (PJ), entre outras propostas.
Por que ninguém, nem o autor da ideia da nova CPMF, explicam direito o que seria isso. Paulo Guedes já disse faz tempo que seria outra coisa, mas que ele não conseguiu explicar e que o Presidente pediu para ele desistir. Bem que poderiam ao menos explicar o que é diferente, etc, senão nunca seremos a favor, jamais.
Sou total e visceralmente contra essa nova CPMF.
E sugiro aos jornalistas, a guisa de ilustração, exemplificar como seria o preço finalm, para o otário pagador de impostos, um corte de cabelo e 1 quilo de carne, hoje e com o novo IVA.
O debate ficará mais interessante.