Em entrevista ao programa Opinião no Ar, exibido pela RedeTV! nesta quarta-feira, 2, o presidente nacional do Patriota, Adilson Barroso, deixou claro que o partido está de portas abertas para a filiação do presidente Jair Bolsonaro, que disputaria a reeleição em 2022 pela legenda.
Como noticiamos, Bolsonaro foi convidado para entrar no partido. O senador Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente, já se filiou.
Leia mais: “Bolsonaro recebe convite oficial para filiação no Patriota”
Silvio Navarro, editor-executivo de Oeste, e Rodrigo Constantino, colunista da revista, participaram da entrevista. O programa é apresentado por Luís Ernesto Lacombe e também conta com a participação da jornalista Amanda Klein.
“Hoje, a minha meta é filiar o presidente da República. Desde o começo de 2017 a gente vem conversando”, afirmou Barroso. “[O objetivo] É filiar o presidente, que ainda vai sentar com o grupo dele para conversar com eles e depois vai nos dar essa decisão, que vai levar de dez a 15 dias”, prosseguiu. “Não perdi a esperança, e ele sabe que aqui ele pode confiar.”
Leia também: “Senador Flávio Bolsonaro se filia ao Patriota”
Barroso evitou fazer projeções sobre eventuais chapas para a disputa das eleições do ano que vem. “Eu não costumo sofrer por antecipação. Não adianta falar de previsões. Não adianta já formar chapa porque chapa com o presidente é uma coisa, chapa sem o presidente é outra coisa”, disse Barroso.
O presidente do Patriota afirmou ainda que o estatuto do partido foi praticamente elaborado por Bolsonaro e seu entorno político, ainda antes da filiação do presidente ao PSL para disputar as eleições de 2018. Na época, as negociações travaram, e Bolsonaro migrou para outra legenda. “Se tem uma coisa que eu quero e tenho certeza de que ele [Bolsonaro] vai querer, é não deixar entrar quem venha aqui usar o nome dele, ganha a eleição, e depois usa o palanque do plenário discursando contra o presidente”, disse. “O Patriota tem o nome que ele mesmo deu, o estatuto que praticamente ele fez. […] Tem tudo de que o presidente precisa.”
Ainda segundo Barroso, o Patriota é um partido de “centro-direita”. “Não é mais nanico, mas, sim, um partido médio”, disse. “Em 2022, vai ser o maior dessa pátria. O presidente terá um partido sólido, unido”, completou o dirigente.
‘Golpe’
Criticado por setores do Patriota que questionaram mudanças no estatuto feitas por Barroso para atrair Bolsonaro, o presidente da legenda negou que tenha havido um “golpe” interno. “Não adianta dar golpe. Essa linha de trabalho eu nunca tive na minha vida. A gente faz aquilo que manda a lei, aquilo que manda o estatuto. Não só o Patriota, mas mais de dezenas de partidos têm a modalidade de colocar e tirar delegados na hora que quiser”, explicou. “Aconteceu de a gente trocar aquilo que manda o estatuto, que foi aprovado por unanimidade. […] O que prevalece é a lei e o que está no estatuto, que é soberano.”
Segundo Barroso, o Patriota se tornou “um partido mais democrático”. “O partido deu direito para todos os presidentes estaduais de votarem nas convenções. Ampliamos o número de membros que votam nas convenções, para que o partido não fique naquilo: ‘é o partido do Adilson’’, afirmou. “É normal que alguém que não gosta muito de democracia ou de alguma linha política espernear. Mas é necessário que se obedeça o que foi aprovado.”
Leia também: “Luiz Philippe de Orleans e Bragança: ‘Gostaria que o TSE provasse que não há fraude’”
De fato o número tem uma conotação estranha, totalmente devida ao nosso ex presidente e ex presidiário.
Mas “Bolsonaro 51” poderia ser trabalhado para não lembrar isso.
o numero 51 nao e bom.
O número 51 é bom. “51, uma grande ideia”.