Uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra membros da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) aponta leniência dos integrantes nos atos referentes ao 8 de janeiro.
O documento foi usado como base para deflagrar uma operação contra a cúpula em 18 de agosto, e foi obtido por Oeste. Na ocasião, foram presos o coronel Fabio Augusto Vieira, ex-comandante da PM-DF; coronel Klépter Rosa, também ex-comandante-geral da PM-DF, e outros cinco agentes.
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Segundo a PGR, não houve “apagão” no sistema de segurança pública do DF, pois o comando da cúpula foi avisado antecipadamente do risco iminente de invasões. Além disso, a denúncia ainda traz diversas trocas de mensagens entre Vieira, Klépter, os coronéis Jorge Eduardo Naime, Paulo José Ferreira, Marcelo Casimiro e o Major Flávio Silvestre.
“Os denunciados receberam abundantes informações em diversos grupos de comunicação, inclusive com agentes infiltrados nos acampamentos, para monitorar a proporção dos atos e a organização dos seus integrantes”, informou a procuradoria.
Conforme a PGR, as conversas mostram que a cúpula tratou as informações prévias sobre o risco iminente de invasões com “deboche e risos“. Além disso, que a comunicação entre os oficiais revela uma “profunda contaminação ideológica”.
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O relatório da procuradoria conclui que a PM-DF emitiu “dezenas” de alertas e que tudo chegou ao conhecimento dos oficiais de alta patente, que foram denunciados.
Em uma das mensagens, um dos informantes da PM-DF diz que os manifestantes estavam “preparados para a guerra” e que não iriam “ceder de forma alguma”. “As coisas estão mais sérias do que muitos brasileiros estão imaginando”, escreveu o informante na mensagem.
A mensagem foi repassada para Casimiro e Klépter. “Vai dar certo“, respondeu Casimiro ao ler o informe. Na manhã de 7 de janeiro, em um áudio — atribuído a uma pessoa desconhecida — encaminhado por Ferreira a Casimiro, um locutor afirmou que havia acabado de sair do acampamento, que acontecia em frente ao quartel-general, em Brasília.
“Estou aqui desde às 7 horas da manhã e tem muita gente. Daqui para amanhã, vai ser uma multidão aqui no QG e eles vão descer para a Esplanada, né? Eles não estão falando diretamente, se não vão entrar os intrusos para atrapalhar tudo, né? Estou com muita esperança e vamos reverter essa lambança, que esses petistas malditos fizeram com nosso país. Com fé em Deus vamos reverter isso aí”, dizia o locutor não identificado.
Casimiro então respondeu: “Vamos avaliando. No final do dia, conversamos para tomar as decisões para amanhã.”
Coronel Naime, membro da PM-DF, de férias
Em relação à atuação de Naime em 8 de janeiro — que estava de férias e foi à Praça dos Três Poderes para conter os atos de depredação –, a PGR afirmou que o coronel recebeu todos os avisos sobre os riscos de invasões, por intermédio do grupo “Águia 1” e “ADI/DOP”, no WhatsApp.
Apesar de estar de férias, segundo mensagens da Agência Departamental de Inteligência do DOP, em 7 de janeiro, Naime estava em “pleno exercício das funções de chefia”, no que se refere ao acompanhamento dos alertas de inteligência.
Essa PGR não tem crédito porque existe uma combinação estratégica para incriminar a oposição, ninguém é besta pra confiar num governo do PT. Esse aparelhamento no estamento público foi sendo construído desde que aquele menino ingênuo chamado Sarney assumiu a presidência da República que andava de mãos dadas com o STJ que proibia a imprensa de denunciar as falcatruas do governo, mas com o tempo nunca estava tão ruim que não pudesse piorar. Tá aí com que nos deparamos hoje com esse PT no comando através de fraude depois de ter sido reprovado pela população nos seus 16 anos de esculhambação e roubalheira a nível nunca visto na história desse país
Ao meu pensar é injusto, arbitrário e ilegal o que o sistema está fazendo com esses oficiais da PMDF, porquanto todos eles estavam subordinados e submetidos a uma cadeia hierárquica de comando. Sempre soube que a corda arrebenta sempre do lado do mais fraco. No presente caso é isso que se vê. Parafraseando o saudoso humorista Jô Soares, CADÊ OS OUTROS?”
E a guarda que estava com três batalhões no Ministério da Justiça e Segurança Pública ? A PGR não se pronuncia ?