Dois deputados estaduais do Rio de Janeiro protocolaram na quarta-feira 7 um pedido de investigação contra o prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro (Republicanos), em razão da denúncia de coação de servidores para irem a um evento para apoiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
+ Leia as últimas notícias de Política no site da Revista Oeste.
O petista esteve na cidade da Baixada Fluminense, comandada pelo marido da ex-ministra do Turismo Daniela Carneiro, na terça-feira 6. Imagens mostram apoiadores com camisetas e faixas de apoio a Lula e um áudio divulgado pelo site Metrópoles mostra a coação dos servidores.
O pedido de investigação foi feito pelos deputados Anderson Moraes e Márcio Gualberto, ambos do PL do Rio de Janeiro. Em um vídeo, eles disseram que a representação foi levada ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Leia também: Lula confunde Eduardo Paes com Sergio Cabral em evento no Rio
“Um verdadeiro absurdo onde o prefeito da cidade paralisou todos os serviços públicos, em especial, a Educação, parou o ensino das crianças para receber o presidente. Não deveria fazer isso para receber nenhuma pessoa”, disse o deputado Anderson Moraes no vídeo publicado em seu perfil no Twitter/X.
Márcio Gualberto disse que o que aconteceu “é inadmissível”. “Nenhum servidor público pode ser constrangido a deixar de fazer o que lhe compete por causa da visita de um presidente da República. O exemplo deveria partir de cima.”
Áudio mostra coação de servidores de Belford Roxo para irem a evento de Lula
A coação dos servidores a irem no evento de Lula em Belford Roxo foi feita em uma reunião na sexta-feira 2 na Escola Municipal Ernesto Pinheiro Barcellos O áudio da reunião foi gravado e levado por servidores ao site Metrópoles, que o divulgou na quarta-feira.
No áudio, as diretoras da escola dizem que, embora o prefeito Waguinho tivesse decretado ponto facultativo no dia da visita de Lula, ninguém poderia ficar em casa. A orientação era para irem ao evento. Um ônibus seria disponibilizado para levar os funcionários até o local do comício. Além disso, elas afirmam que o prefeito providenciou alimentação para os servidores, como café da manhã e almoço.
Leia também: J. R. Guzzo: Toffoli virou suspeito de proteger corruptos
Elas também orientam sobre usar bonés e camisetas e portar faixas e cartazes de apoio a Lula. Na reunião, ocorrida na Escola Municipal Ernesto Pinheiro Barcellos, diretores orientaram os funcionários sobre o evento e pediram apoio a Lula com o uso de bonés e participação em momentos de aclamação ao presidente. Foi informado que a prefeitura disponibilizaria ônibus, alimentação e vestimentas aos servidores.
Leia um trecho do áudio:
“Todo mundo sabe que terça-feira é ponto facultativo, mas não é ponto facultativo para a gente ficar em casa. Conclusão: todos nós terça-feira lá [no evento de Lula]. […] O prefeito já viu a questão do almoço, vão distribuir as camisas, vai ter almoço. Nós vamos com vocês no ônibus, vamos deixar vocês lá e vocês vão ficar representando a escola, vai ter a faixa, que nós vamos deixar com vocês. Nós precisamos, obviamente, da presença de todos os funcionários.”
Aqui, o áudio publicado pelo Metrópoles:
De fato, Waguinho decretou ponto facultativo na terça-feira, dia do evento de Lula em Belford Roxo. O prefeito usou como justificativa oficial no decreto publicado no Diário Oficial do Município o “movimento de veículos” causado pela comitiva presidencial.
Lula visitou Belford Roxo para inaugurar uma escola municipal que leva o nome de seu falecido neto, Arthur Araújo Lula da Silva. O nome do centro de ensino é uma homenagem ao menino, que morreu aos 7 anos, em 2019.
Justiça, pra quê?
Não caíram na real que,Justiça é pro salário e pro silêncio.
O LULES LADRONIS só arrasta BANDIDO e PARASITAS DE PLANTÃO!
Pelo menos que o prefeito e o PT paguem a diária do salário dos servidores do próprio bolso muito fácil fazer bondade com chapéu alheio, e as crianças que perderam aula, merenda, lojas que não venderam tudo para pra fazer sala para um ladrão bandido.