Uma gravação flagrou o detetive particular Ivancury Barbosa instalando um rastreador no carro do jornalista Alexandre Aprá, em Cuiabá. Em outras gravações, Barbosa afirmou que foi contratado pela primeira-dama do Mato Grosso, Virgínia Mendes, para vigiar Aprá.
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O jornalista deixou o Estado e acusou o governador Mauro Mendes (DEM), sua mulher e o publicitário Ziad Fares de perseguição política, por causa de matérias que escreveu sobre contratos suspeitos do governo com agências de publicidade.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Barbosa disse em uma gravação que estava a serviço da agência de publicidade de Fares, que tem contrato com o governo estadual, e a primeira-dama sabia da contratação mas não podia ter seu nome exposto. Os áudios foram entregues à Polícia Federal.
O outro lado
Hélio Nishiyama, advogado da família Mendes, negou qualquer envolvimento do governador e da primeira-dama. Segundo a UOL, ele afirmou em nota que é: “mentirosa e caluniosa a versão de que o Sr. Mauro Mendes e Sra. Virgínia Mendes teriam participado de suposta contratação de ‘detetive'”.
“A acusação do jornalista é absurda, de cunho político e com objetivo de prejudicar a minha imagem e os meus negócios”, disse Fares. Ele se considera vítima de uma campanha de difamação feita pelo site Isto É Notícia, mantido por Aprá.
Ivancury Barbosa nega que tenha sido contratado pelo governador, a primeira-dama, ou Ziad. Entretanto, ele alega que não pode revelar o nome de seu cliente por ética profissional.