Durante um encontro no Palácio da Justiça, nesta terça-feira, 23, o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, recebeu o broche da pasta, que era usado por seu antecessor, Flávio Dino. O próprio Dino entregou o objeto a ele. Oficialmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai dar posse a Lewandowski em 1° de fevereiro.
“Estarei cedendo ao senhor, e, em 2045, o senhor pode me devolver”, disse Dino durante a reunião com o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal. O encontro, que ainda está acontecendo, foi convocado para discutir a transição na pasta.
Após passar o objeto a Lewandowski, Dino explicou que a referência a 2045 é porque se trata do ano em que ele se aposenta compulsoriamente do cargo de ministro do STF. A posse de Dino na Suprema Corte está marcada para 22 de fevereiro.
O nome de Lewandowski foi anunciado em 11 de janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e sua nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na segunda-feira 22.
Os principais secretários do MJ da atual gestão também estão na reunião. Além disso, cinco dos seis nomes anunciados por Lewandowski para compor o ministério também estão presentes, sendo:
- Manoel Carlos de Almeida Neto, futuro secretário-executivo, o segundo cargo mais alto na hierarquia da pasta;
- Ana Maria Neves, futura chefe de gabinete;
- Marcelo Pimentel;
- Natasha Côrrea;
- Lilian Melo.
Dino deseja ‘sorte’ a Lewandowski
Segundo Dino, desde quando Lula oficializou o nome de Lewandowski para o MJ, eles têm conversado, mas a “primeira conversa” sobre uma “pauta aberta” e o funcionamento da pasta ocorreu ontem. Conforme ele, hoje ocorre uma apresentação das equipes.
Em seu discurso, Dino disse estar feliz com o fato de Lewandowski assumir seu posto no ministério. Dino ressaltou ainda que o novo ministro possui “qualidades éticas, técnicas” e que possui “experiência administrativa”. Para Dino, Lewandowski tem “total afinidade com as pautas que o ministério conduz”.
“Quero finalmente apenas lhe desejar sorte, sucesso e proteção de Deus”, finalizou Dino. “Tenho certeza que o senhor vai precisar das três, não necessariamente nesta ordem, pelo contrário.”
Apesar de ressaltar que levará parte da equipe do MJ para o STF, Dino explicou que todos os membros da pasta estão à disposição de Lewandowski.
Em seu momento de fala, Lewandowski disse se sentir honrado com a nomeação por parte de Lula e que estava ciente da responsabilidade que o posto possui. “Um antigo ministro desta Casa dizia que a competência do Ministério da Justiça vai da tanga à toga, com todas as questões intermediárias que todos podem imaginar”, explicou o novo ministro.
Lewandowski ainda declarou que estava muito “otimista” com o Brasil. No entanto, destacou que a pasta teria de “vencer dificuldades”, principalmente com relação à segurança pública.
“Temos um desafio, que é uma preocupação do cidadão comum hoje, que é um desafio com a segurança”, disse. “A segurança que afeta a insegurança, melhor dizendo, a criminalidade, o crime organizado, que afeta não apenas as classes mais abastadas, mas afeta também hoje o cidadão mais simples, o cidadão comum, o trabalhador.”
Se estivéssemos em um país sério, essas duas figuras nunca ocupariam tais cargos. Nenhum dos 2 tem pre requisitos e honestidade suficiente para tal. Mas aqui é o Brasil de Pedro Álvares Cabral.