Governador de São Paulo pôs as regiões de Barretos, Presidente Prudente e Ribeirão Preto de volta na Zona Vermelha do Plano São Paulo
Alegando aumento de mortes após a retomada da economia, o governador de São Paulo, João Doria, voltou a colocar as cidades das regiões de Barretos, Presidente Prudente e Ribeirão Preto na Zona Vermelha do Plano São Paulo, que determina se o comércio e outras atividades podem ser exercidas ou não em determinado local no Estado.
Com isso, essas regiões passam ao confinamento social extremo novamente, quando apenas atividades essenciais funcionam.
A quarentena que terminaria no dia 15 de junho para esses locais também foi prorrogada e agora irá até o dia 28.
Já na Baixada Santista, na Grande São Paulo e no Vale do Ribeira, macrorregião que concentra 26% da população do Estado, o movimento é o inverso: as cidades saem da Zona Vermelha e passam para a Zona Laranja, porque houve aumento do número de leitos de internação e redução do número de casos. Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, nas três regiões, “a epidemia desacelerou”.
“Há três semanas, os estudos indicavam que os casos iriam se estabilizar na região metropolitana e aumentar no interior”, afirmou o governador, confirmando o que disse ontem o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, de que a pandemia está se espraiando. Doria seguiu considerando que a reabertura vai continuar, mas, quando necessário, vão haver recuos.
As regiões de Bauru e Araraquara, que estavam na Zona Amarela voltaram para a Zona Laranja, em que o comércio só pode permanecer aberto por quatro horas e com limite de lotação de 20% nos estabelecimentos comerciais.
A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, destacou que não há falta de leitos de UTI no Estado e que se esse fosse o único critério para a reabertura, São Paulo estaria na Zona Verde. Em termos de ocupação de leitos em geral, houve uma melhora na porcentagem, passando de 72,6% para 69,1%.
Pelo jeito a estratégia do feriadão antecipado só serviu pra espalhar a doença pro interior.