O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu nesta terça-feira, 6, as mudanças no ministério feitas por Jair Bolsonaro. Como noticiamos, o presidente deu posse aos novos ministros em cerimônia realizada nesta manhã no Palácio do Planalto. Na semana passada, houve troca em seis pastas — entre as quais o Ministério das Relações Exteriores, com a saída de Ernesto Araújo e a entrada de Carlos Alberto França.
“Ninguém manda no presidente Jair Bolsonaro. Essas trocas não foram previstas por absolutamente ninguém. Cada um com sua própria razão e ao gosto do presidente”, afirmou Eduardo em entrevista ao programa Opinião no Ar, exibido pela RedeTV!. “Os novos ministros são qualificados. O presidente segue com a postura de indicar funcionários de carreira para comandar suas pastas. Eles têm tudo para fazer um bom trabalho.” Silvio Navarro, editor-executivo de Oeste, e Rodrigo Constantino, colunista da revista, participaram da entrevista. O programa também contou com a participação da jornalista Amanda Klein.
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O filho de Jair Bolsonaro defendeu a gestão de Ernesto Araújo à frente do Itamaraty e o chamou de “nosso eterno chanceler”. “Vi com certa tristeza. Mas Ernesto teve uma atitude de estadista e resolveu ir para o sacrifício em nome dos seus parceiros”, afirmou Eduardo. “O ministro resolveu ceder espaço para que outros diplomatas assumissem a pasta. O que não significa que o ministro Ernesto Araújo estará fora do jogo político.”
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O deputado atribuiu à senadora Kátia Abreu (PP-TO), uma das maiores críticas de Araújo, o aumento da pressão pela queda do ex-ministro. “A senadora Kátia Abreu fez críticas efusivas contra o ministro Ernesto Araújo, mas certamente vinculadas a interesses outros que não os dos brasileiros”, disse. “Imagine só se fosse o outro candidato [Fernando Haddad, do PT] o vencedor em 2018. A gente teria Nicolás Maduro [ditador da Venezuela] assistindo à posse do presidente da República.”
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Eduardo Bolsonaro também criticou a cobertura de alguns veículos de comunicação sobre as mudanças nos ministérios e a troca dos comandantes das Forças Armadas. Segundo ele, parte da imprensa encampou a tese de que Jair Bolsonaro planejava um “autogolpe”. “Isso demonstra que uma parte da imprensa segue fazendo seu trabalho de militância porque, para eles, vale tudo para retornar ao poder, ainda que isso signifique o retorno de certas figuras que assaltaram os cofres públicos.”
Igrejas
Na entrevista, o deputado defendeu a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques de liberar a realização de missas e cultos em todo o país. “Assim como o Ministério da Saúde pode trabalhar, as secretarias de Saúde podem trabalhar, por que não aplicar a mesma medida não só para as igrejas, mas para o comércio?”, questionou Eduardo. “Acho que esse tema da liberdade religiosa é um dos mais sensíveis. Não se pode relegar a algo secundário a salvação da própria alma. A igreja faz parte da rotina das pessoas para o seu bem-estar físico e espiritual.”
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