Seus herdeiros estão em todos os partidos, e em todos os Estados e municípios, escancarando a antiga tradição brasileira das dinastias políticas e feudos eleitorais, que se perpetua praticamente desde as capitanias hereditárias.
Trata-se de um fenômeno estrutural que impede a modernização do país, por estimular o nepotismo e o patrimonialismo. Estamos falando sobre as famílias que mandam há anos no Brasil e que fizeram da política um negócio lucrativo.
São duas práticas que, além de fomentar a desigualdade, impossibilitam uma gestão pública eficiente, visto que grande parte dos cargos administrativos termina sendo preenchida por meio desse mecanismo, por laços de compadrio.
Oligarquias do século 21
Um dos maiores símbolos desse mecanismo são os Andrada, há mais de dois séculos no Parlamento brasileiro. Atualmente, o clã é representado pelo deputado federal Lafayette Andrada (Republicanos-MG), filho do falecido deputado federal Bonifácio de Andrada (DEM-MG) — quinta geração de uma família que teve outros 14 representantes no Congresso nos últimos 200 anos.
Rodrigo Maia (PSDB-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados, é oriundo de uma antiga estirpe política com ramificações no Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro, onde seu pai, o ex-prefeito Cesar Maia, se reelegeu vereador pela quarta vez, após ser chefe do Executivo da capital fluminense por 12 anos.
O atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também veio de uma linhagem antiga de políticos. Seu pai, Benedito Lira (PP-AL), foi vereador de Maceió, deputado estadual, deputado federal por dois mandatos, senador e, atualmente, é prefeito de Barra de São Miguel, a aproximadamente 30 quilômetros da capital. Na Câmara, Lira soube jogar até chegar ao topo.
Ao falar em Alagoas, não se podem ignorar os Calheiros, rivais dos Liras no Estado, e que disputam o poder há décadas. Em uma eleição para um mandato tampão neste ano, o deputado Paulo Dantas (MDB), aliado do senador Renan Calheiros (MDB), venceu a disputa pelo governo do Estado, depois de uma feroz queda de braço, que teve até bate-boca no Twitter entre Calheiros e Lira.
Há também as situações em que as famílias garantem sua continuidade no poder por meio de aliados, como ocorreu neste ano em Salvador, onde o ex-prefeito ACM Neto — herdeiro dos outrora poderosos Antônio Carlos Magalhães e Luís Eduardo Magalhães —, conseguiu eleger seu vice, Bruno Reis (União Brasil-BA), já que se prepara para concorrer ao governo estadual.
No Amapá, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) tenta a reeleição. Quando ocupou o cargo de presidente do Senado, tentou uma manobra no regimento interno da Casa para permanecer por mais dois anos. Durante sua gestão no comando do Congresso, teve seu irmão como suplente e tentou emplacar outro na prefeitura de Macapá, em 2018, mas acabou frustrando-se.
Boa parte dos candidatos acaba se tornando conhecida com o tempo. Como, por exemplo, além das famílias já citadas, os Barbalho do Pará, os Neves de Minas Gerais, os Sarney do Maranhão, os Collor de Mello de Alagoas, os Cunha Lima da Paraíba, os Coelho e Vasconcelos de Pernambuco e os Requião do Paraná. Com frequência, contudo, políticos oriundos de linhagens poderosas adotam, por uma razão ou outra, sobrenomes diferentes. Poucos sabem que Rafael Greca (PSD), eleito pela terceira vez para a prefeitura de Curitiba em 2020, descende de uma das linhagens políticas mais antigas do Paraná: os Macedo, que elegeram ainda no Império o primeiro prefeito da capital.
Neste ano, algumas dessas figuras concorrem à reeleição ou à possibilidade de voltar ao poder. Ex-senador e atual deputado federal, Aécio Neves (PSDB-MG) tenta manter a cadeira que conseguiu, com dificuldades, em 2018. O ex-senador Roberto Requião (PT-PR) esforça-se para garantir o comando do governo do Paraná, contra o atual governador, Ratinho Júnior (PSD-PR). O senador Fernando Collor (PTB-AL) procura conquistar o governo de Alagoas. No Pará, Helder Barbalho (MDB-PA) tenta a reeleição e, caso consiga, dará continuidade à hegemonia da família no Estado. Seu pai, Jader Barbalho (MDB-PA), foi deputado federal, senador e governador por dois mandatos.
Famílias que mandam no país impedem a falta de renovação
Ao contrário da expectativa dos brasileiros, a “bancada dos parentes” vem crescendo a cada legislatura. Um estudo da Universidade de Brasília sobre os deputados federais eleitos entre 2000 e 2010 mostrou um crescimento de 10% na quantidade de herdeiros, que representaram naquele ano 46%, quase a metade do total. Outro levantamento, da organização Transparência Brasil, detectou que o índice subiu para cerca de 50% quatro anos depois, o mais alto em relação às quatro eleições anteriores. E uma pesquisa divulgada em 2017 pelo site Congresso em Foco revelou que nada menos do que dois terços dos parlamentares naquele ano — 62% da Câmara e mais de 73% do Senado — haviam sido eleitos por oligarquias familiares.
Leia também: “A disputa silenciosa por gabinetes na Câmara”, reportagem publicada na Edição 114 da Revista Oeste
A solução seria o surgimento de um eleitorado consciente,independente e pragmático.
Jabutis não sobem em árvores, alguém os coloca!
Até que enfim, alguem levantou esta questao e demonstrou essa triste realidade. E digo mais, alem desses oligarcas politicos, existem tambem os oligarcas empresariais e banqueiros. Em uniao entre si, somente esses oligarcas mandam no Brasil. E nunca vai mudar, porque nao permitem. Eu já perdi a esperança.
Sonho com o dia em que mais brasileiros acordem para a realidade política do Pais e eliminem as velhas raposas. Essa gente só atrasa o Pais. É preciso que a direita se organize e difunda o conhecimento entre mais brasileiros. O analfabetismo em política é a causa desse descalabro.
LOGO O INFERNO VIRÁ BUSCAR O QUE É DELE.
Essa gente asquerosa é que entrega carro de luxo para os “filhos de papai” donos do mundo saírem matando gente em áreas urbanas, bêbados e drogados, com proteção do “estado aparelhado”
Se juntam a esses os progressistas, que sob autorização de FHC formam uma nova casta inconsequente, de discurso mentiro, cujo líder é um ladrão cachaceiro.
A continência é sempre dada a 11 representantes, que se deleitam em lagostas e vinhos caros, e movimentam escritórios de advocacia recheados de bandidos adevogados.
Com as mídias sociais e alguma sorte, se as FFAA não está repleta de melancias e acordada com o FSP, com mais 4 anos da direita conservadora, poderemos iniciar a retomada da república, e informar ao saudoso João Figueiredo que a culpa é nossa mesmo! Avisados fomos.
Você disse tudo,meu caro.
Você me fez lembrar das proféticas palavras daquele ilustre brasileiro: João Batista Figueiredo.Que Deus o tenha ao seu lado,quando disse : ” Querem que legalize este partido que se chegar ao poder nele quer permanecer”?Vou legalizá-lo.Foram,com algumas correções,as visionárias palavras deste saudoso estadista quase se concretizaram.
Graças ao meu bondoso Deus que nos enviou o Messias que mudará a História.
Deus, Pátria, Família, Liberdade.
Essa oligarquia nefasta, com ramificações e galhos grossos no País inteiro, será dificil de serem cortados, demorará mais 3 décadas para qualquer veneno fazer efeito e secar esses espinhentos malignos que tanto mal fazem ao desenvolvimento do Brasil.
Clãs que transformaram os Estados do Nordeste em capitanias hereditárias. Depois que o FHC criou as urnas eletrônicas, nunca mais deixaram o poder.
Imagino que, com o despertamento da direita liberal e conservadora através de um militar reformado de baixo escalão, as velhas oligarquias deverão reduzir-se a algumas poucas castas de políticos.
Por isso precisamos,urgentemente,reeleger nosso presidente.
Ficam essas tranqueiras na política defendendo somente sua reeleição e seus interesses pessoais, nada mais do que isso!
só que com um “charme”…
Os petistas também começam a formar sua bancada de parentes nada diferente das velhas oligarquias só que um “charme” “progressista” conferido pelos “intelequituais”, velha mídia e artistas que também formam suas linhagens na academia, jornais TVs, etc.