Candidatos do PDT à Câmara dos Deputados temem que a campanha pelo voto útil desencadeada pelos adversários de Ciro Gomes, candidato do partido à Presidência da República, traga prejuízos às candidaturas proporcionais, podendo levar até mesmo a uma redução da bancada no Legislativo Federal.
Nesta última semana, Ciro tem sido o principal alvo das campanhas de voto útil, especialmente do PT, de Luiz Inácio Lula da Silva e do PL, do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro. As campanhas de ambos os candidatos têm investido intensamente em propagandas junto aos eleitores para que votem em seus candidatos e não em Ciro.
Ainda que o candidato à Presidência já tenha rechaçado aos apoiadores da campanha e parlamentares do PDT a possibilidade de desistir da disputa eleitoral deste ano, os prejuízos já estão instalados, avaliam interlocutores ouvidos pela Oeste. O principal temor é que haja uma fuga de votos aos candidatos do partido na disputa proporcional.
“O movimento é de manutenção da campanha do Ciro, mas claro que sentimos porque o eleitor pergunta. O processo tem de continuar porque os candidatos a deputados são os mais afetados nisso tudo”, afirmou um candidato em primeira disputa ouvido pela Oeste.
“Aqui no meu Estado, não deixamos nem falar em desembarque”, afirmou o deputado federal Afonso Motta (RS), que busca a reeleição.
Bancada do PDT está em queda
A preocupação dos candidatos do partido é com relação ao sistema eleitoral, que atrela os votos da legenda aos do próprio candidato. Apenas ao final é que haverá a definição dos nomes que vão ocupar as cadeiras no legislativo.
Todos os votos dados a todos os candidatos e a todos os partidos — o voto de legenda — são somados. O total é dividido pelo número de vagas a serem preenchidas. O resultado dessa divisão é o quociente eleitoral. Os partidos que conseguem atingir esse marco terão direito às vagas: a votação total da legenda é dividida pelo quociente, e o resultado é o número de vagas a que o partido tem direito.
Na atual legislatura, o PDT tem 21 deputados federais. O número de representantes do partido na Câmara dos Deputados vem apresentando queda constante. Na eleição de 2014, foram 27 deputados eleitos, seis a mais do que os atuais ocupantes de mandato.
Já no Senado, onde a eleição é majoritária, o PDT tem hoje três parlamentares. Na última legislatura eram sete senadores.
Nessa última semana Ciro Gomes tem que desmoralizar (com o que sabe) o ladrão de 9 dedos, que também fala em roubar seus votos, com essa ladainha desesperada de “voto útil”. Nem os votos dos outros esse crápula do PT respeita.
Cafajeste sem moral.
Gradativamente o bom senso vai se impondo: o número de “partidos” tende a ser reduzido pelo eleitorado. Melhor seria adotar o voto distrital, acabar com os roubos via fundos eleitoral e partidário, etc, mas aí é tarefa para os próximos 200 anos, talvez…
Eleitores se tiverem bom senso não votam num bandido condenado é solto graças aos amigos da justiça …