Fabio Wajngarten, um dos coordenadores da campanha do Presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta sexta-feira, 28, que jamais cogitou pedir o adiamento da eleição.
“A campanha do presidente Bolsonaro jamais cogitou pedir adiamento da eleição”, escreveu Wajngarten, no Twitter. “Tudo o que fizemos foi denunciar um gravíssimo prejuízo à nossa campanha e solicitar a reposição das inserções que nos foram tiradas injustamente, como o ministro Faria disse.”
O coordenador de campanha se referiu a uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo que informava que o ministro Fábio Faria, das Comunicações, se arrependia de ter convocado uma coletiva de imprensa sobre as inserções do presidente nas rádios do Norte e Nordeste.
“A falha era do partido, que percebeu o problema tardiamente, e não do tribunal”, explicou Fábio Faria. “Como havia pouco tempo para o Tribunal Superior Eleitoral fazer uma investigação mais aprofundada, eu iniciei um diálogo com o tribunal em torno do assunto.”
Conforme Faria, sua intenção era pedir um acordo com o TSE, para que o problema fosse resolvido. Contudo, a iniciativa parece não ter dado certo, quando alguns apoiadores do presidente pediram o adiamento do pleito.
“Fiquei imediatamente contra tudo isso. Fui o primeiro a repudiar”, declarou o ministro à Folha. “Isso prejudicaria o presidente Bolsonaro, que nunca defendeu o adiamento das eleições. Ele nunca quis isso. Acreditamos que ele vai ganhar a eleição, e isso nunca foi um tema da campanha.”
Segundo Wajngarten, não existe nenhum arrependimento em relação às denúncias apresentadas, na segunda-feira 24. “Apenas lamentamos que um tema técnico escalasse para uma discussão política, na qual pessoas externas à campanha insinuaram o adiamento”, explicou.
Adiamento das eleições
Na quarta-feira 26, o Instituto Nacional de Advocacia (Inad) pediu à Procuradoria-Geral da República que as eleições deste ano fossem adiadas. A ação ocorreu depois que a campanha do presidente afirmou que Bolsonaro havia perdido diversos direitos de resposta a Lula.
O Inad argumentou que a não realização das propagandas eleitorais ferem o artigo 49 da Lei 9.504/97 e artigo 62 da Resolução TSE 23.610/2019. Assim, o grupo pediu o adiamento do pleito baseado no artigo 224 do Código Eleitoral.
“Como a diferença de tempo disponibilizado para o candidato Lula foi muito superior que o disponibilizado ao presidente Bolsonaro, e considerando que restam apenas três dias para o segundo turno das eleições, inexistindo tempo hábil para diminuir os prejuízos para a chapa, acreditamos não existir outra solução a ser tomada que não seja a do adiamento das eleições presidenciais”, comunicou o grupo.
Durante uma entrevista ao site BNews, na quinta-feira 27, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do presidente, também sugeriu o adiamento do pleito.
“Tem um candidato que está sendo depreciado e um que está sendo favorecido”, observou. “Isso está ferindo a democracia. Se fosse dado todo o direito de resposta a Jair Bolsonaro, é tanto tempo que seria necessário adiar essa eleição. Se a eleição for no domingo, já temos uma certeza: Jair Bolsonaro foi prejudicado e não teve direito à reparação.”
Entenda a polêmica das inserções nas rádios
Na segunda-feira 27, os coordenadores da campanha do candidato à reeleição convocaram a imprensa para denunciar que algumas rádios no Norte e no Nordeste não estavam veiculando suas inserções (propagandas eleitorais) no segundo turno. Seriam cerca de 154 mil inserções que deixaram de ser veiculadas.
Na mesma data, a campanha de Bolsonaro apresentou uma denúncia no TSE, e, em seguida, a Corte Eleitoral solicitou provas específicas sobre as inserções. Na terça-feira 25, a defesa do presidente enviou alguns relatórios que comprovariam a irregularidade na transmissão das peças eleitorais, com uma lista de oito rádios que teriam deixado de veicular cerca de 700 inserções (em uma semana) do chefe do Executivo.
Na quarta-feira 26, Moraes indeferiu o pedido da campanha de Bolsonaro. Em decisão publicada no começo da noite, o presidente do TSE afirmou que não foram apresentados documentos que sustentem a fraude das rádios.
Na decisão, o ministro argumentou que a empresa que fez a auditoria não é especializada no tema. Além disso, que os dados apresentados não podem ser chamados de provas.
Por fim, o ministro ainda encaminhou a decisão ao procurador-geral Eleitoral, a fim de que seja apurado o suposto “cometimento de crime eleitoral, com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana”. O ministro também envio a denúncia ao Supremo Tribunal Federal, onde será incorporada ao inquérito das fake news.
Não sei interpretar alguns fatos nas “entre linhas”, mas algo me diz que tudo se encaminha para um desfecho maravilhoso para o Brasil dos brasileiros!
O filho do presidente nao sugeriu adiar as eleições. Vcs nao sabem interpretar texto? Ele disse q foi tao grande a diferenca de tempo q para ser reposta teria q se adiar a eleição. Foi apenas uma analogia a quantidade de inserções q o presidente perdeu no radiolao. Parece q vcs se renderam a narrativa da esquerda e da midia .militante
A decisão do sr. Ministro de acusar a vítima me lembra aquela anedota machista: é claro que ia acabar sendo estuprada, a culpa é sua….sai pelada desse jeito…