“Meme? Que meme?”, interpelou a então presidente Dilma Rousseff (PT) em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, antes do impeachment, em 2016. Na época, a repórter havia mostrado para a petista os diversos memes que os usuários das redes sociais haviam feito com as declarações dela.
Os memes vão desde o “Estou saudando a mandioca”; “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar, nem perder vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”; “Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás”; e tantas outras declarações da ex-presidente que se tornaram grandes virais na internet com milhões de visualizações.
“Gente, nunca tinha visto isso”, comentou Dilma, completamente surpresa. “Mas nem o da mandioca a senhora viu?”, interpelou a reportagem. “Vídeo da mandioca? Como eu faço para ver esse?”, pergunta a petista, com maior expressão de interrogação. Conforme a matéria, nesse momento a repórter orientou a ex-presidente: “Coloca no Google as palavras ‘Dilma, mandioca… e pesquisa”.
Esse episódio da Dilma em 2016 pode até parecer engraçado, se não fosse trágico. Analisá-lo seis anos depois no cenário eleitoral, em que as redes sociais possuem uma magnitude inimaginável, é possível perceber que, em algum momento do jogo político, o PT se perdeu no território da internet.
Além dos memes, aparentemente desconhecidos da petista, o jargão “Oi, internautas” da Dilma também virou piada durante o seu governo. Em uma época em que o Facebook, o Instagram e o YouTube cresciam absurdamente, os petistas ficaram estagnados com os “blogs progressistas” — estratégia usada pela sigla no início dos anos 2000 com o surgimento dos blogs na internet.
“O PT não entendeu o jogo das redes sociais”, afirmou Franklin Melo, especialista em tecnologia da informação (TI). “É um partido de velha guarda que perdeu a forma de se comunicar com a população. As chamadas visuais das publicações são muito complexas. Isso não é absorvido por quem consome as redes sociais.”
Desde o primeiro mandato da legenda na gestão do Brasil, em 2002, com Lula, até o último mandato de Dilma, o PT parece ter perdido o feeling das redes. Todas essas questões se materializaram com a campanha eleitoral e a vitória do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), em 2018.
O chefe do Executivo tinha apenas oito segundos na propaganda eleitoral na TV e ainda assim ganhou as eleições, com 55% dos votos, contra Haddad (PT). Esse “fenômeno” pode ser explicado com a presença marcante que Bolsonaro tem nas redes.
Em entrevista à jornalista Leda Nagle, em 2019, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente que encabeçou a campanha do pai à Presidência, explicou que colocou Bolsonaro on-line em 2010. O motivo é que, na época, quando ele pesquisava o nome do pai no Google só apareciam imagens negativas. Assim, ele criou um blog e encheu de fotos da família Bolsonaro.
“Fiz isso para criar referências com imagens positivas do meu pai”, contou. “Aí, percebi que, com as imagens, eu poderia agregar conteúdo para o blog.” Gradualmente, Carlos conseguiu até que a página do pai no Facebook se tornasse um hit. “Na eleição de 2014, ele tinha 500 mil seguidores no Facebook”, contou.
Até 2010, Bolsonaro era um deputado federal, eleito com uma quantidade de votos graduais (que não cresciam muito). No entanto, na eleição de 2014, o número quadruplicou. Ele se tornou o deputado mais votado do Rio de Janeiro com quase 500 mil votos. O canal no YouTube e perfis nas redes sociais deram a ele um meio direto com o público (eleitores) que não passava pela imprensa. Conforme o especialista em TI, nessa época, Bolsonaro já havia entendido que as redes sociais seriam uma forma de comunicação mais efetiva.
O Lulaverso
Em paralelo a isso, o PT ficava estagnado. Mas, em março deste ano, a campanha de Lula (candidato à Presidência) iniciou uma batalha maciça para tentar ajudar na comunicação do petista, em especial com os jovens. Surge então o Lulaverso. Trata-se de uma plataforma que propõe ser o metaverso de Lula e se estende a WhatsApp, Telegram, Instagram, Twitter e TikTok, para impulsionar a figura do petista nas redes sociais.
Nos grupos de WhatsApp, a campanha do petista possui um cronograma diário que inclui: vídeos debochando e “desmentindo” Bolsonaro; contagem regressiva para a “reeleição de Lula”; mensagens direcionadas ao público evangélico “enganado pelo bolsonarismo”; combate à “fake news” do atual governo e algumas “missões do dia” que devem ser cumpridas pelos integrantes da plataforma.
Essas “missões” incluem bater um número específico de curtidas em publicações do portal nas redes sociais, atingir metas de visualizações em lives, colocar alguma # de apoio a Lula nos trending topics do Twitter, e muito mais.
“O PT não entendeu o que é o metaverso”, explicou Melo. “O metaverso é uma tecnologia que ainda está sendo provada, e eles tentaram fazer uma conexão desse assunto com um universo próprio do Lula. Se analisarmos o formato do site, é medonho. Toda a questão visual, publicações… chega a ser algo infantil.”
O Lulaverso, segundo o especialista em TI, é uma tentativa fracassada do PT. “Eles entraram muito tarde no jogo e ainda não entenderam como tudo isso funciona”, disse. “Por exemplo, os GIF’s animados que há na plataforma, não se usa isso fora dos grupos de WhatsApp e eles colocam isso em um site.”
Até existe um público que consome os conteúdos do Lulaverso, mas é um tanto “infantil”. Ocorre que essa aposta do PT é muito tardia. Enquanto o presidente Bolsonaro trabalhava nas redes sociais desde 2010 (com o advento das manifestações de 2013 e 2014), os petistas dormiram no ponto e só acordaram em 2022, compreendendo que a internet é mais importante que o mainstreaming (mídia convencional). Só que com um detalhe: eles chegaram atrasados ao jogo.
O cientista político Paulo Kramer, da Fundação da Liberdade Econômica, defende a ideia de que Bolsonaro foi o primeiro a perceber, em 2013 (durante as manifestações pela passagem de ônibus, contra a corrupção, etc.), que aquele era o momento da “virada” na sociedade brasileira. “Ele percebeu que o Brasil começava a virar a direita”, explicou. “O presidente começou a campanha lá atrás, entendendo a importância política das redes sociais.”
Para ele, a estratégia do Lulaverso é interessante, mas tardia. “Bolsonaro se estabeleceu como o pioneiro de comunicação política nas redes sociais”, avaliou. “Os outros vieram atrás como imitadores. Eles são genéricos. O medicamento de marca é o presidente.”
No Twitter, Bolsonaro acumula, até o momento, 8,9 milhões de seguidores. Já Lula, possui 4,4 milhões. No Instagram, o presidente tem 21,5 milhões de admiradores. E o petista tem 6,8 milhões. No Facebook, o chefe do Executivo tem 14 milhões de seguidores. E Lula tem 5,1 milhões. São números que colocam em xeque até mesmo as pesquisas de intenção de voto.
Não foi da “noite para o dia” que o chefe do Executivo ganhou tamanha notoriedade nas redes sociais. Os milhões de seguidores que o presidente tem nas mídias foram conquistados com um trabalho gradual, e agora ele está colhendo os frutos de todo o esforço plantado ao longo dos anos.
João Silva, especialista em marketing político, avalia que a esquerda e o PT envelheceram completamente. “O fato deles usarem, agora, as ferramentas que impulsionaram Bolsonaro não faz deles jovens”, afirmou. “Eles estão desesperados. O que é estranho, pois, segundo as pesquisas, Lula está liderando as intenções de voto.”
Segundo o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, em 2020, o Brasil tinha 74% da população com acesso à internet. Contudo, um ano depois, esse número aumentou para 81% com cerca de 150 milhões de pessoas. Ainda é importante considerar que a média de acesso dos brasileiros à internet é de dez horas por dia.
As redes sociais se tornaram um meio para ampliar e disseminar discursos. A informação passou a ser difundida através delas. Entretanto, é importante destacar que não se faz uma campanha eleitoral inteiramente na internet. “Nas redes, você se comunica com o público e cria um eco maior, mas isso não consegue sustentar uma campanha inteira”, explicou Melo.
O “Lulaverso” sempre existiu. Descobriram agora? As penitenciárias, as cracolândias e os redutos do crime organizado são o Lulaverso.
Ainda que a esquerda venha a entender o universo digital, por natureza desse universo, ele não eh para eles, uma vez que eh um ambiente de LIBERDADE E INFORMAÇÕES DESCENTRALIZADA, coisas que eles querem ou comandar ou impedir. A esquerda mínguará lentamente até quase desaparecer.
lula nao é mais concreto, pois o lula concreto o país inteiro conheçe : é semi-analfabeto,cachaçeiro, empreendeu o maior assalto da história da humanidade ja feito a um país, é comunista sem saber o que é o marxismo, pois nunca leu um livro.
o lula virtual, recriado nesse novo espaço é o contrario de tudo isso : sabe ler, conheçe os classicos, é limpinho, honesto e vai salvar o Brasil
No mundo virtual o PT é nota Zero, mas no mundo do crime eles são pioneiros e dão aulas de como roubar uma nação inteira! Kkkkk
Brasil…ATENÇÃO:
O verdadeiro GOLPE encontra-se em pleno andamento. Fachin, Barroso, Xandão e Carmem Lúcia e demais, são os principais protagonistas deste GOLPE, isto é de fácil percepção e é fato comprovado. Contando com extraordinário auxílio da Folha de SP, Instituições Globo-jornalismo, CNN, ONGs e artistas decadentes, estão levando adiante uma FARSA, um projeto que poderá causar um fim trágico no meio da sociedade. Até o jornal de ideologia esquerdista, cito, The New York Times, trouxe alguns FATOS, na edição de Domingo ( 25/09). Chamou-me atenção quanto aos fatos colocados pelo correspondente para América Latina, no canhoto jornal NYT, o jornalista Jack Nicas:
….” 1- Libertaram um condenado (Lula), num estonteante e vergonhoso “malabarismo” jurídico, pois não havia no Brasil, outro candidato para competir contra Jair Bolsonaro.
2- As perseguições e punições postas pelo STF/TSE aos jornalistas, canais de TV/Youtube, políticos e empresários, favoráveis a Jair Bolsonaro, acontecem a todo instante. Pondo fim a Liberdade de Expressão e iniciando-se a ditadura judicial. Tudo isto em completa desconformidade, violando o devido processo legal, estabelecidos pelas Leis Constitucionais do Brasil.
3- O processo eleitoral 2022, será comandado por Alexandre de Moraes e Carmem Lúcia, ministros do STF, ao TSE, sem a devida autorização da sociedade brasileira. Afinal, não obtiveram votos da mesma, portanto, não foram eleitos. Flagrantemente dentro de um processo sem a mínima legalidade. Sendo que ambos são ilegítimos para ocuparem tal posto ou para esta função. Explica-se: Ambos são “funcionários públicos indicados” (no Brasil, tidos como Cargo em Comissão), estão ministros, não são JUÍZES concursados, portanto, não pertencem ao quadro de carreira típica de estado, que incluí a Magistratura brasileira. Diferentemente dos USA, Itália, UK, onde exige-se para a Corte Suprema, indivíduos concursados. Além do que, no Brasil, estes ministros atuam dioturnamente política e publicamente em favor de um candidato condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Ambos ministros, são extremamente politizados, defendem a extensa pauta de esquerda mundial, seja sobre liberar o aborto e as drogas, seja sobre regular imprensa (censor) . Tendo um ministro da suprema corte brasileira, estando aqui nos Estados Unidos, onde assumiu publicamente, num evento patrocinado por empresário brasileiro, frisou ele que, na corte brasileira, colocam-se em sua grande maioria, como inimigos do candidato Jair Bolsonaro, ou, qualquer indivíduo do campo conservador.
4- Grande percentual da sociedade brasileira acredita que o maior problema estará nas urnas. Obviamente que NÃO! Não serão as urnas o grande problema dessas eleições, mas sim, a apuração. Sabe-se que, com apenas uma simples operação efetuada num chip master, instalado na central de comando, o processo todo pode ser alterado e apresentar um resultado, seja pra que lado desejar. Até hoje, Nasa, Federal Reserv, gigantes do setor automoblístico, buscam sem sucesso, o remédio para conter cyber ataques.”
Daí, diante toda esta exposição acima, pergunto eu: E o STF/TSE daqui, na figura desses palhaços que pensam que são juízes, querem enganar a quem?
Eles não tinham tempo para olhar muito o celular, porque a planilha de próprinias era MUITO grande, e TODO DIA tinham que digitar muitos valores e apelidos diferentes, era time de futebol (ex Botafogo), referências a quem ficava com quem (ex: amante), a condição física (atleta), ou de morte (Vampiro) e por aí vai…..tinham muito trabalho para organizar os pagamentos, afinal eram bilhões, e na máfia, se passar a perna em alguém, já era…
Uma questão interessante que deixou de ser mencionada: a organicidade do apoio.
O dito Lulaverso não ganha fôlego justamente pela centralização dos meios de comunicação (tal como acontecia antigamente, com um “Politburo” ditando as notícias a serem veiculadas no Jornal Nacional) e a falta de espontaneidade do conteúdo. No primeiro ponto, basta observar que as informações, “memes” (me recuso a chamar piada esquerdista de meme) são produzidas, lapidadas pelos marketeiros, não possui a espontaneidade popular; o que leva ao ponto dois: organicidade do apoio. Como no próprio site, “inscreva-se no grupo de whatsapp” (aí você acessa o grupo, são mensagens encaminhadas por administradores e em grupos numerados, praticamente um modelo fordista de desinformação esquerdista). O atual mandatário conseguiu angariar apoio pela identidade ideológica que possui com o povo, justamente pela empatia e diálogo mundano (ao contrário do “socialista refinado”, conforme o ex-encarcerado). E mais, a tentativa tardia do PaTê não sai do lugar justamente pela falta de identidade e proximidade da fonte e afinidade da informação para com o brasileiro médio: por exemplo, ninguém ouviria uma opinião de estranho, estando muito mais aberto à ouvir se for a opinião de alguém que você nutra empatia, amizade (o ponto central é: a distância entre o Gabinete de Marketing do Politburo e o eleitorado médio encontra eco no discurso mudo e sem rapport).
Resumindo: falta organicidade, uma certa mundaneidade e espontaneidade dos comitês centrais de propaganda (ministérios da verdade?) da esquerda.
Graças a Deus os bons dinossauros politiqueiros, acostumados à centralização da informação, não se deram conta da informação descentralizada e distribuída.
Excelente comentário.
“Lulaverso” kkkkkkkkkk
É muito desespero.