Silas Malafaia: 'TSE virou polícia do STF'

Durante uma live neste domingo, 23, o pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) virou a polícia do Supremo Tribunal Federal (STF). A fala aconteceu na “super live pela liberdade” promovida pelo presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), com 22 horas de duração — “22” é o número de Bolsonaro nas urnas.

“Estamos piores que o Ato Institucional número 5, em 1968”, declarou Malafaia. “O TSE virou polícia do STF. Não é tribunal, é polícia. Vi uma ministra falar em ‘caráter excepcionalíssimo’ para rasgar a Constituição, que eles mesmo juraram defender. Isso é uma vergonha.”

O pastor destacou que o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte Eleitoral, sabe que se o chefe do Executivo se reeleger, o impeachment do magistrado será protocolado no Senado Federal.

“Não vai ter senador que vai aguentar a pressão popular. Moraes sabe disso”, observou Malafaia. “Moraes está jogando todas as cartas pesadas contra Bolsonaro e seus apoiadores.”

Em seguida, o pastor afirmou que, caso Bolsonaro ganhe este pleito, vai colocar um novo presidente no Senado, e chamou o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) de “frouxo”.

“Ele sentou em três milhões de assinaturas que pediam o impeachment de Moraes”, disse Silas Malafaia. “Eles estão desesperados, pois já fizeram todas as aberrações jurídicas que afrontam a Constituição, o Judiciário, a democracia e o povo brasileiro. O povo é Supremo.”

Super live pela liberdade

A transmissão com Bolsonaro estreou no sábado 22, às 17 horas, e contou com as participações especiais do jogador de futebol Neymar Jr.; e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), senador eleito pelo Paraná.

Conforme a campanha do chefe do Executivo, o objetivo da live é lutar contra a censura e “marcar a história”. “Queremos gerar o máximo de audiência durante as 22 horas de programação”, informou.

“Vemos muitos artistas de um lado [Lula, PT] e quando alguém fala que quer o nosso lado é rapidamente bloqueado e perseguido”, disse o presidente na transmissão. “O Neymar poderia estar em paz, mas preferiu se posicionar. Isso é ótimo porque nos fortalece.”