Por três eleições municipais seguidas, a quantidade de votos nulos e brancos subiu no Brasil. A interrupção do ciclo ocorreu em 2020 e se manteve com as disputas acirradas de 2024.
Em 2016, os votos nulos e e brancos chegaram ao ápice no Brasil. Foram 14,7 milhões de eleitores — com 10,6 milhões e 4,1 milhões, respectivamente.
Nas eleições de 2024, os votos nulos caíram para 5,2 milhões, e os brancos foram para 3,4 milhões — ou seja: somando os dois tipos, 8,6 milhões. A queda de 4 milhões equivale à soma dos eleitores das capitais Belo Horizonte e Minas Gerais, o terceiro e o quarto município com mais cidadãos aptos a votar no Brasil.
Menos votos nulos e brancos em todo o Brasil
Um levantamento realizado por Oeste com dados da Justiça Eleitoral mostra que a redução ocorreu em todos os Estados brasileiros.
Eleições 2024: quantidade de votos
Nas eleições de 2024, somando os prefeitos de todo o Brasil, foram quase 112 milhões de votos. O maior colégio eleitoral é São Paulo, com 22 milhões de eleitores. A segunda posição é do Rio de Janeiro: 5 milhões.
O menor da lista é Bora: um município no interior paulista com menos de mil habitantes — onde a campanha ocorreu com apenas um candidato, o próprio prefeito se reelegeu para o cargo. O lugar também é o lar do vereador eleito com a menor votação em todo o país — Luiz Seringueira (MDB), que conseguiu 35 eleitores. Por lá, porém, o número de votos brancos e nulos cresceu de 21, em 2020, para 245 nas eleições de 2024.