Em entrevista concedida nesta quinta-feira, 6, às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a regulamentação da imprensa digital.
O petista criticou a falta de controle sobre o que é publicado na internet em comparação com a imprensa tradicional. “Não é possível que numa imprensa escrita, numa televisão, o cidadão falou uma bobagem, ele é punido, tem lei para isso, e no digital não tem lei”, disse.
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“Os caras acham que podem fazer o que quiser, provocar, xingar, incentivar a morte, incentivar promiscuidade das pessoas, e não tem nada para punir”, afirmou o presidente, que defendeu que o Congresso Nacional ou o Supremo Tribunal Federal devem agir para regular o setor.
“Todo mundo tem direito à liberdade de expressão, mas a liberdade de expressão não é as pessoas utilizarem esses meios de comunicação para canalhice, para fazer provocação, para mentir todo santo dia”, disse Lula, que acrescentou que a falta de regulamentação “bagunça a economia, bagunça o varejo, bagunça o mercado como um todo”.
Em entrevista concedida nesta quinta-feira, 6, às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a "regulamentação" da imprensa digital. pic.twitter.com/w0dOHmfo64
— Revista Oeste (@revistaoeste) February 6, 2025
Lula admite alta dos preços
Na área econômica, Lula reconheceu que os preços dos alimentos, especialmente a carne, continuam altos e que isso afeta diretamente o bolso dos brasileiros. Ele afirmou que o governo trabalha para reduzir esses custos, mas destacou que não é possível fazer um congelamento de preços.
“O que podemos fazer é chamar os empresários, conversar com todo o setor e ver o que a gente pode fazer para garantir que a cesta básica do povo brasileiro caiba no orçamento”, explicou.
Lula também destacou que o Brasil se tornou o “celeiro do mundo“, com a abertura de novos mercados para produtos brasileiros. Ele afirmou que o país precisa produzir mais e melhorar a qualidade para baratear os preços.
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“Queremos fazer com que o povo produza mais e com mais qualidade”, disse o presidente. “Por isso, estamos criando políticas de incentivo para o agronegócio e para a pequena e média propriedade brasileira.”
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