Desde 2022, R$ 35,6 milhões em emendas parlamentares foram destinados a Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). As cidades são ligadas pela ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou no dia 22, resultando na morte de 11 pessoas. Ao todo, 17 ficaram feridas e seis continuam desaparecidas.
Veja neste vídeo imagens da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que fica na BR-226:
Com tristeza, recebi a notícia do desabamento de parte da ponte entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), resultando em vítimas. pic.twitter.com/pYVrkEcUd3
— Wanderlei Barbosa (@WanderleiTO) December 22, 2024
Os recursos seguiram para diversas áreas, incluindo a construção de um abatedouro e eventos culturais, como shows de artistas sertanejos. Mas nenhuma verba foi para reparos ou manutenção da ponte que colapsou.
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De acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, o município de Estreito recebeu R$ 29,8 milhões, enquanto Aguiarnópolis ficou com o restante. A maior parte, 74% ou R$ 26,1 milhões, foi para serviços na área da saúde.
Emendas Pix deixam ponte de lado
As chamadas emendas Pix somaram R$ 5,3 milhões desse montante, até agosto de 2024, segundo o jornal. Sem a necessidade de justificativas por parte dos parlamentares, o recurso permitiu o uso diversificado, inclusive em 11 shows artísticos em Aguiarnópolis, que totalizaram R$ 1,2 milhão.
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O evento mais caro da pequena cidade de 4,5 mil habitantes teve como destino o seu 30º aniversário, festa que consumiu R$ 753 mil. Os deputados Lázaro Botelho (PP-TO) e a senadora Professora Dorinha (União-TO) afirmaram que suas emendas não financiaram eventos. Ela alocou R$ 500 mil para pavimentação, enquanto Botelho destinou R$ 1 milhão para iluminação LED.
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infraestrutura jogada no lixo, mas o entretenimento é o que conta.
Quem será responsabilizado por esse múltiplo assassinato? Seja politicamente ou administrativamente temos um assassino solto. Espero que o culpado não seja descoberto entre estagiários de engenharia trabalhando nos DR´s de cada estado envolvido. Obra sem licitação aprovada no mais puro estilo nordestino de administração. Que pais é esse?
Como em toda ditadura circo e fumo rabo arriba da manezada ignorante, omissa e submissa