A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 apura um suposto pedido de propina realizado por Roberto Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde exonerado nesta terça-feira, numa negociação paralela para adquirir vacinas produzidas pela AstraZeneca. A empresa Davati Medical Supply diz ser a intermediária do negócio. A farmacêutica, contudo, nega a informação.
Em meio à avalanche de notícias difusas, Oeste esclarece as principais dúvidas a respeito do tema.
A vacina da discórdia
O imunizante objeto de discórdia é desenvolvido pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.
O que diz a AstraZeneca
A AstraZeneca garante não trabalhar com intermediários no Brasil. Segundo a farmacêutica anglo-sueca, todas as doses da vacina são disponibilizadas por meio de acordos assinados com governos e organizações multilaterais em todo o mundo — inclusive o Covax Facility, consórcio internacional criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de acelerar a produção de vacinas.
Davati Medical Supply, a intermediária
A Davati Medical Supply alega ter oferecido ao Ministério da Saúde 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca por US$ 3,50 a unidade (a vacina da AstraZeneca produzida na Fiocruz custa US$ 3,16 cada uma), num valor total US$ 1,4 bilhão — o equivalente a R$ 7 bilhões. Segundo o documento apresentado pela empresa, os imunizantes seriam fabricados em diversos países e enviados da AstraZeneca para o comprador.
A negociação
A proposta da Davati Medical Supply, formalizada em 26 de fevereiro de 2021, foi encaminhada ao Ministério da Saúde e ao diretor de Logística, Roberto Dias Ferreira. Um representante da empresa, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, é citado como o intermediário da negociação.
De acordo com Dominguetti Pereira, o diretor de Logística afirmou que, para conseguir firmar o contrato, seria preciso pagar propina de US$ 1 por dose.
As consequências
O governo federal demitiu Roberto Dias Ferreira. A decisão, anunciada na noite de terça-feira 29, foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 30.
Desdobramentos políticos
Partidos políticos, parlamentares e movimentos sociais protocolaram nesta quarta-feira, na Câmara dos Deputados, mais um pedido de impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro. O documento tem 46 signatários e reúne argumentos apresentados nos outros 123 pedidos de impeachment já apresentados à Câmara.
Covaxin
Em outra denúncia, divulgada na semana passada, o governo foi acusado de negociar a vacina indiana Covaxin a US$ 15 dólares, preço superior ao de outros imunizantes comercializados no mercado internacional. A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR/DF) informou ter aberto investigação criminal para apurar o caso. A decisão foi tomada pelo 11º Ofício de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa da Procuradoria.
Ainda nesta quarta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu o prazo para concluir a análise do pedido de uso emergencial da vacina indiana, alegando falta de documentos obrigatórios e essenciais para a avaliação da eficácia e da segurança do imunizante.
Leia também: “Diretor do Ministério da Saúde acusado de corrupção é exonerado”
Que matéria mais esdrúxula, não esclareceu nada, só descreveu a narrativa….
Pra começar a brincadeira é so desvendar como uma empresa se diz representante de alguem que diz não ser representada…aí é cana pra quem estiver mentindo…facil ne?!?!?
Falou pouco e não disse nada.
Saudades de um escândalo raiz. Era dólar na cueca, milhões na Suíça, nas Caimãs, no apartamento, nas negociatas. De tratores a vacinas, hoje são compras superfaturadas que sequer foram pagas. Agora arrumam um entreposto do Mandetta que não vale US$ 1,00 furado pra tentar ligar a Bolsonaro. Esses escândalos nutela dão sono.
* anteposto
Faltou esclarecer aonde entre o Bolsonaro nesta história.
“Acabei com a lava jato, não tem mais corrupção no meu governo, rrrrr” um presidente genocida e prevaricou, não vou dizer o nome, falou isso.
Washington Oliveira
30 JUN 2021 ÀS 22:44 seu jumentóide contumaz! filho de satanás!
Virou uma rede de intrigas cheia de pontas soltas.
O assunto, com a ajuda da esquerda, tornou-se um emaranhado. A Oeste, tentou esclarecer, mas em dilmês não conseguiu chegar lá.
Realmente, Célio, essa matéria da Oeste, nos lembra os discursos da presidenta diuma. Hehehe