Em depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-comandante da Marinha brigadeiro Carlos Baptista Júnior disse que, durante uma reunião no Palácio do Alvorada, em 1° de novembro de 2022, o então presidente da República, Jair Bolsonaro, perguntou ao então advogado-geral da União (AGU), Bruno Bianco, se “haveria algum ato” que pudesse fazer “contra o resultado das eleições”.
“Bolsonaro perguntou ao AGU se haveria algum ato que poderia fazer contra o resultado das eleições”, relatou Baptista Júnior à PF. Então, Bianco respondeu a Bolsonaro que as eleições haviam “transcorrido de forma legal” e que “não haveria alternativa jurídica para contestar o resultado”.
O diálogo ocorreu em um encontro em que Baptista Júnior, o AGU, o general Paulo Sérgio Nogueira (então ministro da Defesa), o general Freire Gomes (então comandante do Exército) e o Almirante Garnier (então comandante da Marinha) expuseram a Bolsonaro que não aconteceu fraude nas eleições.
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“Que todos os testes realizados não constataram qualquer irregularidade e que era preciso reconhecer o resultado das eleições, com objetivo de acalmar o país”, relatou Baptista no depoimento à PF.
Foi depois dessas declarações que Bolsonaro questionou o AGU sobre a possibilidade de fazer algum “ato” contra o resultado do pleito. No dia seguinte, conforme o militar, Bolsonaro recebeu “diversos políticos” e fez o “discurso à nação”.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou, nesta sexta-feira, 15, o sigilo de diversos depoimentos no âmbito do inquérito que apura a tentativa de um suposto golpe de Estado depois das eleições de 2022.
Bolsonaro sabia que CTE não identificou fraude nas eleições, diz ex-comandante da FAB
Baptista Júnior também relatou à PF que Bolsonaro sabia que a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) não identificou nenhuma fraude na disputa eleitoral de 2022
“A respeito da fiscalização das eleições 2022 respondeu que sim; que o então presidente da República tinha ciência de que a Comissão de Fiscalização não identificou qualquer fraude nas eleições de 2022, tanto no primeiro, quanto no segundo turno”, contou o militar em depoimento.
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O brigadeiro contou que, apesar de não ter participado, “ouviu que houve uma determinação para não divulgar o relatório de fiscalização do sistema eletrônico do primeiro turno de votação”. Contudo, disse não se lembrar de “quem teria falado sobre o pedido para atrasar a divulgação do relatório”.
Segundo Baptista Júnior, Bolsonaro demonstrou “resignação” com a derrota nas urnas, mas que isso mudou quando, em 14 de novembro, ele viu um estudo do Instituto Voto Legal (IVL). O documento questionava o desempenho das urnas eletrônicas.
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O IVL foi contratado pelo PL para monitorar as eleições. A partir desse momento, conforme o brigadeiro, Bolsonaro “aparentou ter esperança em reverter o resultado”. Contudo, o militar relatou à PF que avisou o então presidente que o estudo do IVL “não tinha embasamento técnico” e que era um “sofisma”.
General Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro
Ainda à PF, Baptista Júnior relatou que, em uma das reuniões no Alvorada, o então comandante do Exército, general Freire Gomes, ameaçou prender Bolsonaro caso o então presidente continuasse com a “hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de algum instituto previsto na Constituição (GLO, Estado de Defesa ou Estado de Sítio)”.
“Em uma das reuniões dos comandantes das Forças com o então presidente da República, após o segundo turno das eleições”, depois de Bolsonaro “aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de alguns institutos previsto na Constituição (GLO ou Estado de Defesa ou Estado de Sítio), o então comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmou que, caso tentasse tal ato, teria que prender o presidente da República”, contou o brigadeiro à polícia.
Baptista Júnior relatou que ele e Freire Gomes tentaram convencer Bolsonaro a não usar qualquer instituto jurídico para permanecer no poder e evitar a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o militar, se Freire Gomes tivesse concordado com as ideias propagadas, “possivelmente a tentativa de golpe teria se consumado”.
O brigadeiro também relatou à PF que o responsável por assessorar Bolsonaro sobre as medidas jurídicas para se manter no poder era o então ministro da Justiça, Anderson Torres. Torres teria participado de uma reunião em que os comandantes das Forças estavam presentes.
Então comandante da Marinha disse que ‘colocaria tropas à disposição’ de Bolsonaro
Ainda em relato à PF, Baptista Junior disse que esteve em diversas reuniões no Alvorada em “mais de cinco ou seis vezes”. Os encontros eram convocados de “forma imediata” pelo então presidente, por meio do então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira”.
Em um desses encontros, ele disse ter deixado “evidente” a Bolsonaro de que “que não haveria qualquer hipótese do então presidente permanecer após o término do mandato”, que “não aceitaria qualquer tentativa de ruptura institucional” e que a Aeronáutica “não apoiaria qualquer tentativa de manutenção no poder” de Bolsonaro.
Apesar disso, segundo o militar, o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, disse ao então presidente que “colocaria suas tropas à disposição”.
Então ministro da Defesa apresentou minuta a comandantes das Forças
Conforme Baptista Junior, em uma reunião com demais comandantes das Forças Armadas, sem a presença de Bolsonaro, Nogueira disse ter uma “minuta” que gostaria de apresentar aos colegas. O brigadeiro então relata ter questionado: “Esse documento prevê a não assunção do cargo pelo novo presidente eleito?”.
Mas, conforme o relato do brigadeiro, o ministro da Defesa ficou calado, e ele e Freire Gomes não concordaram em analisar o documento.
Ex-comandante da FAB disse a Heleno que não aceitaria ‘ruptura democrática’
Baptista Junior relatou a polícia que, durante um evento da Força Aérea Brasileira (FAB) em 16 de dezembro de 2022, no interior de São Paulo, disse ao então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o general Augusto Heleno, que a Aeronáutica “não anuiria com qualquer movimento de ruptura democrática”.
Além disso, que pediu a Heleno que ele reafirmasse a informação a Bolsonaro. Segundo o militar, Heleno ficou “atônito e desconversou sobre outro assunto”. Conforme o brigadeiro, depois de se negar a corroborar com as iniciativas, passou a ser atacado nas redes sociais e a ser chamado de “melancia” e “traidor da pátria”.
Ex-comandante da FAB foi procurado por Carla Zambelli
O militar relatou também ter sido procurado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), em 8 de dezembro de 2022, após a formatura de aspirantes a oficial da FAB, na cidade de Pirassununga (SP).
“Brigadeiro, o senhor não pode deixar o presidente Bolsonaro na mão”, disse Zambelli a ele, segundo o relato.
“Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade”, respondeu o então comandante da Aeronáutica. O brigadeiro relatou ter contado ao então ministro da Defesa o episódio e que ele lhe relatou que a deputada também teria o abordado “de forma semelhante”.
É lamentável, o que vêm acontecendo, um brigadeiro e general, subserviente a PF, e dê joelhos para o STF e o es presidiário, seus filhos sentirão vergonha com essa tal democracia,
Pelo jeito sò a Marinha nao se vendeu. Vergonha, nojo, covardia e muita mas muita influencia mesmo. Generais e brigadeiros inominaveis
Só confio nas eleições com voto impresso acoplado nas urnas com contagem publica.
Pergunta que não quer calar:
O STF manda no país
E quem manda no STF?
Então, para esses melancias traíras e caguetas, Estado de Sítio é golpe… Se eles ameaçaram prender um Presidente porque ele aventou a possibilidade de decretar um dispositivo previsto na Constituição então eles é que são os golpistas, além de insubordinados. Mas o que vai prevalecer é o verdadeiro golpe: prisão de Bolsonaro, Carla Zambeli e tantos bolsonaristas quantos queira o Xandão, Executor-Mor do golpe. Depois vão cassar o registro do PL e continuarão tocando o terror no varejo com o apoio entusiástico da emissora que apoia ditaduras. Até o melancial se arrepender…
São traidores. Permitiram a intromissão do STF em todos os assuntos. Agora vem com a historinha de legalidade.
Em que mundo vivem?
Tiraram um bandido da cadeia.
O TSE virou um puxadinho do PT.
Ninguém tem como saber quem ganhou as eleições.
Os votos não são auditáveis numa flagrante ilegalidade.
Esperam que alguém acredite neles? O que Esperam ganhar para depoimentos tão sórdidos. Este, sim é a tentativa de consolidação do golpe que, de fato está ocorrendo ao contrário daquele que nunca houve.
Realmente dá para acreditar que o cara que nao consegue colocar as patas em um lugar publico que o povo começa a gritar LADRAO O TEU LUGAR É NA PRISAO, realmente acredito que ganhou de lavada. KKKKKK
FRAUDE FOI QUANDO POR UM CEP DESCONDENARAM O CORRUPTO E METERAM ESSE TUMOR NA PRESIDENCIA DO BRASIL.
Carta de um Brigadeiro.
Nunca mais se diga que nossas Forças Armadas nunca perderam uma guerra!
Hoje perdemos a maior delas!
Perdemos nossa Coragem!
Perdemos nossa Honra!
Perdemos nossa Lealdade!
Não cumprimos com o nosso Dever!
Perdemos a nossa Pátria!
Eu estou com vergonha de ser militar!
Vergonha de ver que tudo aquilo pelo qual jurei, trabalhei e lutei, foi traído por militares fracos, desleais e covardes, que fugiram do combate, preferindo apoiar quem sempre nos agrediu, sempre nos desrespeitou, sempre nos humilhou e sempre se vangloriou disso, e que ainda brada por aí que não nos quer em sua escolta, por não confiar nos militares das Forças Armadas, e que estas devem ser “colocadas em seu devido lugar”.
Militares que traíram seu próprio povo, que clamou pela nossa ajuda e que não foi atendido, por estarem os militares da ativa preocupados somente com o seu umbigo, e não com o povo a quem juraram proteger!
Fomos reduzidos a pó. Viramos farelo.
Seremos atacados cruelmente e, se reagirmos somente depois disso, estaremos fazendo apenas em causa própria, o que só irá piorar ainda mais as coisas.
Joguem todas as nossas canções no lixo!
A partir de hoje, só representam mentiras!
Como disse Churchill:
“Entre a guerra e a vergonha, escolhemos a vergonha.”
E agora teremos a vergonha e a guerra que se seguirá inevitavelmente.
A guerra seguirá com o povo, com os indígenas, com os caminhoneiros, com o Agronegócio. Todos verão os militares como traidores.
Segmentos militares certamente os apoiarão. Eu inclusive.
Generais não serão mais representantes de suas tropas.
Perderão o respeito dos honestos.
As tropas se insubordinarão, e com toda razão.
Os generais pagarão caro por essa deslealdade.
Esconderam sua covardia, dizendo não ter havido fraude nas urnas.
Oras! O Exército é que não conseguiu identificar a fraude!
Mas outros, civis, conseguiram!
A vaidade prevaleceu no Exército e no seu Centro de Guerra Cibernética. Não foram, mais uma vez, humildes o suficiente para reconhecer suas falhas. Prevaleceu o marketing e a defesa de sua imagem. Perderam, Manés!
E o que dizer da parcialidade escancarada do TSE e do STF, que além de privilegiarem um candidato, acabam por prender inconstitucionalmente políticos, jornalistas, indígenas, humoristas e mesmo pessoas comuns, simplesmente por apoiar temas de direita, sem sequer lhes informar o crime cometido ou oportunidade de defesa? Isso não conta? Isso não aconteceu?
E a intromissão em assuntos do Executivo e do Legislativo?
Isso também não aconteceu?
Onde está a defesa dos poderes constitucionais?
Onde estão aqueles que bradaram que não bateriam continência a um ladrão?
Será que os generais são incapazes de enxergar que, validando esta eleição, mesmo com o descumprimento de ordem de entrega dos códigos-fonte, valida-se também esse mesmo método, não só para todas as próximas eleições, para o que quer que seja, perpetuando a bandidagem no poder, assim como corrompendo futuros plebiscitos e decisões populares para aprovar/reprovar qualquer grande projeto de interesse da criminalidade?
NÃO HAVERÁ MAIS ELEIÇÕES HONESTAS!
A bandidagem governará impune, e as Forças Armadas, assim como já ocorre com a Polícia Federal, serão vistas como cães de guarda que asseguram o governo ditatorial.
O povo nunca perdoou os traidores nem os burros.
Não vai ser agora que irão.
Ah, sim, generais:
Entrarão para a História!
Pela mesma porta que entrou Calabar.
QUE VERGONHA!
Assina:
Brigadeiro Eduardo Serra Negra Camerini
FFAA covardes, traidores, corruptos, nunca mais terão o respeito do povo brasileiro, quando estiverem jogados na lama pela narcoditadura que apoiaram e precisarem do apoio do povo, terão sua resposta.
Esses militares são uns covardes e cretinos!!
Deixaram o povo se fuder em troca de uns trocados. FDP.
Sem contagem pública dos votos para chancelar o resultados das urnas eletrônicas, não tem como se ter certeza absoluta ou quase, da lisura de qualquer pleito. O que esses milicos aí dizem, são como papagaios, reétindo o que seus superiores ordenam. Jamais confiaria na palavra de um milico, justamente por serem indivíduos bitolados, falam o que mandam eles falarem. Alguém quesrtionou as eleições na Argentina? Não, porque foram assim como descrito acima..
Quem não conhece a “prova dos noves fora”, não tem como saber dessas coisas.
Militares que nao fazem nada e fizeram um vexame ao.levar invocentes aos onibus ! Covardes! Nao passam de trairas sem valor agregado a nacao!