A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouve nesta quarta-feira, 7, Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Os senadores vão interpelá-lo sobre a suspeita de que teria pedido propina durante negociações para aquisição de vacinas. Dias deixou o cargo na semana passada, em meio à acusação de Luiz Paulo Dominguetti — que se apresenta como representante da Davati Medical Supply.
Em fevereiro, durante um jantar em Brasília, Dias supostamente requereu a Dominguetti US$ 1 adicional por dose do imunizante da farmacêutica AstraZeneca, em uma tratativa que envolveria 400 milhões de unidades do produto estrangeiro. Dias nega ter solicitado valores irregulares. Ele afirmou, ainda, que não conhecia Dominguetti, e que confraternizava com um amigo quando o suposto vendedor de vacinas apareceu.
Tão logo o caso veio à tona, a AstraZeneca informou que não tem intermediários no Brasil. O laboratório acrescentou que todas as mercadorias estão unicamente disponíveis através de acordos firmados com governos e organizações multilaterais, como o consórcio Covax Facility. A empresa salientou que não disponibiliza lotes de suas vacinas para o mercado privado nem para prefeituras e governos estaduais, conforme noticiou a Revista Oeste.
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Será este um caso de “assassinato de reputação” ? Isto é um crime previsto em lei.