A família de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, preso pelos atos de 8 de janeiro que morreu na Penitenciária da Papuda, em Brasília, na segunda-feira, 20, acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) agiu com descaso ao não analisar os pedidos de liberdade formulados em favor do réu. O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes.
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O irmão de Clezão, Cristiano Pereira da Cunha, vereador na cidade baiana de Feira da Mata, disse que a família está indignada pela demora do STF em despachar a concessão da liberdade provisória e relaciona a manutenção da prisão com a morte.
“A gente considera um descaso. Já tinha vários laudos, ele sofreu um mal súbito lá dentro. Infelizmente, eles não apreciaram [os pedidos de liberdade] e terminou chegando à conclusão do que a médica já havia dito: que ele iria sofrer um mal súbito. Fica aí a indignação”, declarou o irmão de Clezão em entrevista ao Estado de S. Paulo.
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Clezão, de 46 anos, tinha problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e sequelas da covid. Na prisão, recebia remédios e acompanhamento médico. Ele estava preso desde 8 de janeiro e era acusado de cinco crimes, assim como os demais réus chamados de executores: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Segundo o irmão, Clezão era um “verdadeiro patriota” e decidiu participar do 8 de janeiro por “aquilo que motivou todos os brasileiros”. O velório e o sepultamento de Cleriston serão em um cemitério de um distrito de Feira da Mata, onde vive a família.
Advogado reiterou pedido de liberdade mais de 8 vezes e falou que manutenção da prisão era ‘sentença de morte’
Clezão estava preso havia dez meses. Nesse período, passou mal várias vezes e precisou de atendimento médico. Em razão disso, a defesa dele havia formulado vários pedidos de liberdade provisória a Moraes. Em 1º de setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer favorável ao pedido, mas o ministro não analisou o pedido.
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Em abril, durante o julgamento sobre o recebimento da denúncia contra Cleriston, o advogado do réu, Bruno Azevedo de Souza, disse que as condições de saúde eram preocupantes. “Essas condições podem acarretar complicações fatais para o paciente. Nesse sentido, é notório que a segregação prisional pode acarretar uma sentença de morte”, disse.
Na última petição no processo, em 7 de novembro, Souza afirmou que Clezão “se encontra preso até os dias atuais, mesmo já havendo parecer favorável para sua soltura emitido pela douta Procuradoria-Geral da República”. E reiterou o pedido para que fossem “analisados os mais de oito pedidos de liberdade do acusado, que até o presente momento, parecem ter sido simplesmente esquecidos por esta respeitosa Corte”.
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O Cabeça de Ovo é o Responsável direto.
O Pacheco, por não pautar os pedidos de impeachment, é tão responsável quanto.
A Ditadura brasileira a todo vapor e tem gente achando que é brincadeira. Já estamos vivendo a ditatura judiciária. Alex de Morais é um covarde, maldito, criminoso, vagabundo e sem escrúpulos. Enquanto este cara continuar no STF o país tá perdido.
Covardia , tirania desse togado imoral q acha q está defendendo a democracia. O q faz é ditadura, persegue cidadãos de direita , Pacheco tem parte de culpa por não pautar o impeachment desse monstro. Um juiz fora da lei.