O general Estevam Theophilo, um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 8, teria assegurado ao ex-presidente Jair Bolsonaro seu apoio a um suposto golpe de Estado.
Theophilo foi comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter) do Exército Brasileiro e responsável pelo emprego do Comando de Operações Especiais (COpESP).
De acordo com o documento da PF, diálogos encontrados no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mostram que Theophilo se reuniu com Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, e “consentido com a adesão ao golpe de Estado desde que o presidente assinasse a medida”.
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Conforme aponta o documento da PF, o general seria o responsável operacional por empregar as tropas “caso a medida de intervenção se concretizasse”.
“Os elementos indiciários já reunidos apontam que caberiam às Forças Especiais do Exército a missão de efetuar a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, assim que o decreto presidencial fosse assinado”, diz o documento da PF.
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As investigações da PF também revelaram outra mensagem, nos primeiros dias do governo Lula, em que Mauro Cid encaminha ao general uma notícia jornalística sobre os riscos de o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ser preso nas primeiras semanas do ano. Theophilo tranquiliza Cid.
“Fique tranquilo, Cid”, afirmou, na ocasião. “Vou conversar com o Arruda hoje. Nada lhe acontecerá.”
A operação da Polícia Federal
O general Estevam Theophilo é um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira. A ação também investiga o ex-presidente Bolsonaro, o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e aliados.
Na operação, a PF busca apurar suspeitas de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Ex-assessores de Bolsonaro e ex-ministros de Estado do seu governo também foram alvos.
Os mandados contra Bolsonaro e seus aliados foram expedidos no âmbito do inquérito sobre milícias digitais, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
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