Três governadores aprovaram aumentos salariais superiores a 100% desde 2022, de acordo com dados das Assembleias Legislativas estaduais e Portais da Transparência. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 3, pelo site UOL.
O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), aprovou um aumento de 107% neste mês. Seu salário mensal passará de R$ 15,9 mil para R$ 33 mil a partir de junho. O governo maranhense afirmou que Brandão recebia o menor salário entre os governadores do Brasil e que não havia reajuste desde 2014.
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Em maio do ano passado, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), aprovou um aumento de 278%. O caso foi parar na Justiça. Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou um pedido para reverter o aumento. Assim, o salário de Zema passou de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil.
Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco, sancionou um aumento de 129% em dezembro de 2022. A Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou que seu salário passasse de R$ 9,6 mil para R$ 22 mil. No entanto, Raquel opta por receber R$ 42,2 mil mensais como procuradora do Estado, cargo anterior à sua carreira política.
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A governadora de Pernambuco tem o maior salário entre os governadores brasileiros e recebe quase 38 vezes mais do que a renda per capita média de Pernambuco, que foi de R$ 1,1 mil em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o cientista político André César, não há justificativa para reajustes tão altos. “O seu vencimento tem de ser de acordo com a realidade local”, disse. “A inflação é muito menor que esses índices de reajuste, e o homem público tem que ser um exemplo para a sociedade. Nesses casos, é realmente tudo menos exemplar.”
Confira o ranking de salário dos governadores:
- Sergipe – Fábio Mitidieri (PSD) – R$ 41.650,92;
- Acre – Gladson Cameli (PP) – R$ 40.137,69;
- Minas Gerais – Romeu Zema (Novo) – R$ 39.717,69;
- Mato Grosso do Sul – Eduardo Riedel (PSDB) – R$ 35.462,27;
- Rondônia – Marcos Rocha (União) – R$ 35.462,22;
- Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB) – R$ 35.462,22;
- Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) – R$ 35.462,22;
- Pará – Helder Barbalho (MDB) – R$ 35.363,55;
- São Paulo – Tarcisio de Freitas (Republicanos) – R$ 34.572,89;
- Roraima – Antonio Denarium (PP) – R$ 34.299,00;
- Amazonas – Wilson Lima (União) – R$ 34.070,00;
- Piauí – Rafael Fonteles (PT) – R$ 33.806,39;
- Paraná – Ratinho Junior (PSD) – R$ 33.763,00;
- Maranhão – Carlos Brandão (PSB) – R$ 33.006,39;
- Amapá – Clecio Luis (Solidariedade) – R$ 33.000,00;
- Paraíba – João Azevedo (PSB) – R$ 32.434,82;
- Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) – R$ 30.971,84;
- Mato Grosso – Mauro Mendes (União) – R$ 30.862,79;
- Distrito Federal (Brasília) – Ibaneis Rocha (MDB) – R$ 29.951,94;
- Alagoas – Paulo Dantas (MDB) – R$ 29.365,63;
- Goiás – Ronaldo Caiado (União) – R$ 29.234,38;
- Tocantins – Wanderlei Barbosa (Republicanos) – R$ 28.070,00;
- Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) – R$ 25.322,25;
- Pernambuco – Raquel Lyra (PSDB) – R$ 22.000 (mas recebe R$ 42.145,88 como procuradora do Estado);
- Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT) – R$ 21.914,76;
- Rio de Janeiro – Claudio Castro (PL) – R$ 21.868,14; e
- Ceará – Elmano de Freitas (PT) – R$ 20.629,59.
E os penduricalhos … o voto nunca foi universal …