O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), afirmou que a gravação de 2020 na Abin teve o aval do então presidente Jair Bolsonaro.
“O presidente sempre se manifestou na reunião por não querer favorecimentos ou jeitinhos”, escreveu Ramagem no Twitter/X. “Manifestei-me contrariamente à atuação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no tema, indicando o caminho por procedimento administrativo pela Receita Federal (RF), previsto em lei, e ainda judicial no Supremo Tribunal Federal (STF).”
Ainda conforme a PF, discutiu-se na reunião um conjunto de estratégias para blindar Flávio, entre elas, a de enquadrar auditores da RF.
Ramagem, contudo, afirmou que a gravação foi para registrar um crime. Isso porque, segundo o deputado, ele recebeu uma informação sobre a ida de uma pessoa ao encontro. Esse alguém “teria um contato com o governador do Rio, à época, e que poderia vir com uma proposta nada republicana”.
“Um crime contra o presidente da República”, observou Ramagem. “Só que isso não aconteceu. A gravação foi descartada. As advogadas que vieram na reunião apresentaram possíveis irregularidades que poderiam estar acontecendo na Receita.”
Encontro gravado por Alexandre Ramagem
Na tarde de ontem, o ministro do STF Alexandre de Moraes derrubou o sigilo do conteúdo da investigação da PF.
Além de Ramagem e Bolsonaro, participaram o ministro-chefe do GSI, Augusto Heleno, e uma advogada de Flávio.
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