Depois de ver o Congresso Nacional rejeitar seu veto à lei da “saidinha”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu, em maio deste ano, o pior índice de apoio na Câmara dos Deputados em 13 meses, segundo levantamento da consultoria Arko Advice. Os dados foram divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, 10.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
No mês passado, 46,47% dos deputados votaram de acordo com a orientação do governo. Desde abril de 2023, quando a adesão à pauta do governo foi de 46,39%, esse é o menor índice de apoio.
Naquela ocasião, Câmara e Senado estavam em desacordo sobre o rito de tramitação das medidas provisórias, o que afetava a relação do Executivo com o Legislativo. O governo enfrentou derrotas em votações de menor relevância, como a urgência do projeto que obriga serviços de GPS a informar sobre locais perigosos.
Leia também:
Desde fevereiro deste ano, há uma queda contínua no índice de apoio ao governo Lula na Câmara. O levantamento considera as votações nominais e abertas com orientação de voto da liderança governista. Em maio, ocorreram 52 votações desse tipo, com 20 derrotas para o governo, que inclui a mais notável: a derrubada do veto à saidinha.
PT apoiou menos Lula que dois partidos
Conforme o levantamento, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e a Rede foram os siglas que mais votaram com o governo. A sigla superou até mesmo o Partido dos Trabalhadores (PT), legenda de Lula.
Os comunistas apoiaram 94,15% das pautas do governo Lula, enquanto o partido da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) deu 86,36% de apoio. O PT ficou em terceiro lugar, com 85,40% de adesão.
No outro extremo, os partidos que mais votaram contra os interesses do governo federal na Câmara dos Deputados foram:
- Novo (80,71%);
- Partido Liberal (PL) (60,15%); e
- União Brasil (43,13%).
O União Brasil conta com três ministros no governo Lula: Celso Sabino (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Regional). Góes não é filiado à legenda, mas foi indicado diretamente pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Em ano eleitoral nem o dinheiro do governo compra o apoio necessário.
O presidente Lero-Lero perde apoio, isso já era esperado.
É melhor estar dividido pela verdade do que estar unido no erro. É melhor falar a verdade que machuca e depois cura, do que a falsidade que conforta e depois mata.