Carreatas, buzinaços e palavras de ordem deram o tom dos movimentos de rua; confira também a performance nas redes sociais
Protestos contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram registrados ontem em pelo menos seis Estados mais o Distrito Federal. Cidades de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Amazonas, Alagoas e Espírito Santo tiveram carreatas, buzinaços e palavras de ordem, como “Fora, Maia”.
O descontentamento das pessoas se dá em razão das dificuldades que o Poder Legislativo vêm impondo ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Mais recentemente, o Senado Federal aprovou um pacote de auxílio bilionário a Estados e municípios no valor de R$ 125 bilhões. A União, em suma, vai bancar governadores e prefeitos favoráveis ao isolamento social radical.
As mobilizações de rua se tornaram intensas depois da denúncia do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) de que Maia trama um golpe de Estado com a oposição. Não só, a revolta também se estende a ministros do STF, que têm interferido no Executivo, ao proibir nomeações, a reabertura do comércio em determinados entes federativos e a votação da pautas de costumes.
Monitoramento Oeste
Os manifestantes também fizeram barulho nas redes sociais. Ontem, a hashtag “TodoPoderEmanaDoPovo” ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter durante o dia. Ocupou o primeiro lugar por 3 horas e fechou a conta com mais de 610 mil engajamentos. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) voltou à ativa e serviu de tração para impulsionar o assunto naquela rede social.
Ademais, houve boa adesão no Facebook, sobretudo na página do movimento democrático Nas Ruas. Uma publicação envolvendo a hashtag obteve 17,3 mil curtidas, 2,1 mil comentários e 5,5 mil compartilhamentos. Outros perfis ligados ao presidente Bolsonaro contribuíram para turbinar a campanha, que também teve bom desempenho no Instagram, ao conseguir mais de mil engajamentos.
No Google, os termos relacionados à “manifestação” nas últimas 24 horas foram “barroso”, “rodrigo maia” e “forças armadas bolsonaro” — as três apresentaram aumento repentino no interesse dos internautas. Os Estados mais curiosos foram: Tocantins, Distrito Federal, São Paulo e Acre. Possivelmente, o nome do ministro aparece por causa de suas mais recentes declarações.
Nesta segunda-feira, 4, ganha musculatura a hashtag “NaTrincheiraComBolsonaro”. Enquanto esta reportagem é redigida, ela já tem mais de 150 mil perfis tuitando. Por ora, ainda não mostrou força no Facebook ou Instagram.
Salvador em apoio ao PR #FechadocomBolsonaro. #TodoPoderEmanaDoPovo 🇧🇷 pic.twitter.com/B26R02NO6V
— Alexandre Aleluia (@AlexAleluia) May 3, 2020
Parabéns ao povo que se manifestou novamente de forma ordeira em BH, e aplaudiu a PMMG.#TodoPoderEmanaDoPovo pic.twitter.com/RYUlsuwX0J
— Junio Amaral (@cabojunioamaral) May 3, 2020
Enquanto @jairbolsonaro tiver esse nível de apoio nenhum deputado é louco de tocar nele.
Impressionante a carreata em apoio ao presidente BOLSONARO hoje em Brasília. pic.twitter.com/yQe1GfaXVX— Otoni de Paula (@OtoniDepFederal) May 3, 2020
Repercussão na mídia
As páginas associadas à direita do espectro político procuraram traduzir o sentimento dos manifestantes que, apesar da pandemia de coronavírus, decidiram sair do isolamento social para apoiar o presidente da República. Não só, reivindicar direitos e exigir o fim da desarmonia que tomou conta dos Três Poderes, sobretudo no que diz respeito às interferências do Legislativo e do Judiciário no Executivo.
Reportagens em blogs e sites que voltaram a sua cobertura para esses aspectos obtiveram mais relevância nas pesquisas do Google do que notícias associadas à chamada grande imprensa. Portanto, a narrativa de insatisfação das pessoas com parlamentares, ministros do STF está ganhando espaço no debate público. Além disso, fortalece também o aspecto de que se tratam de manifestações democráticas.
Por outro lado, os veículos da mídia tradicional continuam taxando essas mobilizações de “desobedientes à quarentena”, “antidemocráticas”, ao noticiarem que os manifestantes supostamente querem o fechamento das instituições e uma intervenção militar na Praça dos Três Poderes. Mais, houve um enfoque maior à agressão que o fotógrafo de um grande jornal sofreu.
Para a Globolixo, “Botafogo” e seus asseclas do STF, o povo exercer o direito de manifestação é antidemocrático.
Para eles, o que deve prevalecer é a dominação da desinformação, sabotagem do Centrão e a ditadura do STF.
As leis são para expressar a vontade da maioria da sociedade e não para oprimi-la.
Quem compromete a democracia e o estado de direito, são os mesmo que tentam criminalizar os gritos das ruas. O povo está acordando, canalhas.
Felizmente a falácia da queda de popularidade do presidente vem sendo desmentida dia a dia. E a extrema imprensa não consegue passar mais a verdade dela. Se não fossem as redes sociais, dificilmente teríamos essa percepção.
Essas pesquisas de popularidade são apenas um meio de tentar enganar/ludibriar as pessoas. A gente olha pra pesquisa e olha pra realidade. Vemos cenários totalmente distintos. Se todas essas milhares de pessoas saíram, espontaneamente, em defesa do PR em pleno período de confinamento, imagine quando tudo voltar ao normal. O PR tem o povo ao seu lado.
Simples assim.
Hoje circula no Twitter, uma filmagem do jornalista que tropeçou, mas não adianta, vão falar que eke goi agredido. Agora, o Brasil tornou-se o país de uma só ideologia, visto que o STF, está a serviço de quem é da esquerda caviar, corruptos em geral e proteção dos seus interesses pessoais. Quando eles liberaram os estados a tratar do controle da doença, o resultado foi dinheiro indo pelo ralo da corrupção, a doença progredindo e cidadãos apanhando. E não houve revilta da imprensa, legislativo e do STF da esquerda. Me poupem roubem mas deixe o governo funcionar. Afinal de contas a “borracha da panela de pressão, está gasta e esta poderá explodir se vocês continuarem aumentando a temperatura.
A soltura de criminosos e a prisão de inocentes, estimulam esta insatisfação.