A primeira-dama, Janja, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está comprometido com a igualdade de gênero. Ela fez a declaração na terça-feira 14, semanas depois de o petista demitir mulheres do alto escalão do governo. A mais recente baixa é de Rita Serrano, ex-presidente da Caixa Econômica Federal.
Janja estava no Palácio do Planalto, durante o evento chamado “Mulheres no Poder: Estratégias para Implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU para Alcançar a Igualdade de Gênero”. O encontro contou com as participações de ex-presidentes mulheres, como Michelle Bachelet, do Chile, e Laura Chinchilla, da Costa Rica.
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“Às vezes, a gente acha que está difícil, que não podia ter feito isso ou aquilo outro, mas a política é bem complexa”, disse Janja, ao justificar a declaração que viria a seguir. “Às vezes, nos obriga a algumas coisas. Mas quero afirmar aqui a determinação do presidente Lula de trabalhar conosco para buscar igualdade de gênero.”
Como mostrou a Edição 189 da Revista Oeste, Lula demitiu três mulheres do governo para abrigar homens, indicados por partidos do centrão.
O histórico recente do governo Lula em medidas pró-igualdade de gênero
Em dez meses, Lula trocou três mulheres em cargos de confiança: as ministras Daniela Carneiro (Turismo) e Ana Moser (Esporte) e a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. Outras nove ministras estão completamente isoladas — algumas ainda não conseguiram uma agenda particular com o presidente — ou chefiam pastas esvaziadas.
Daniela Carneiro puxou a fila. Filiada ao União Brasil, foi nomeada porque o petista precisava retribuir o favor ao marido dela, Waguinho, prefeito de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Waguinho se empenhou como poucos prefeitos do Estado no segundo turno da campanha lulista. Daniela foi eleita deputada e já assumiu o Ministério enrolada com denúncias de ligação com milicianos. Lula não se importou e só rifou a aliada meses depois porque precisava de mais votos do União Brasil na Câmara.
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A medalhista olímpica Ana Moser chegou ao ministério porque faz parte do time de ex-atletas “progressistas” — que usam o esporte para militância de esquerda. A pasta havia sido relegada a uma secretaria no governo de Jair Bolsonaro, depois de carregar a mácula de reduto de corrupção do PCdoB, mas Lula fez questão de recriá-la. No cargo, Ana Moser é lembrada por dar duas entrevistas que nunca ninguém compreendeu. Foi trocada pelo deputado André Fufuca (PP), ou “Fufuquinha” — porque Fufuca é o apelido do pai, prefeito de Alto Alegre do Pindaré, no Maranhão.
A demissão sem motivo pegou mal nas fileiras da esquerda. Lula agiu rápido: assegurou o maior seguro-desemprego já visto em Brasília, com uma quarentena até o final do ano de R$ 41 mil por mês, além do cargo de conselheira fiscal do Serviço Social do Comércio (Sesc), com remuneração mensal de R$ 28 mil — vaga que era de Carlos Lupi (ministro da Previdência Social).
O caso mais ruidoso foi a dispensa da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. Lula disse que foi obrigado a entregar a cadeira ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP- AL), em troca da votação de medidas para ampliar a arrecadação do governo. A fatura não deve parar por aí: o grupo de Lira também quer diretorias da Petrobras, de estatais e o comando do cobiçado Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com orçamento de R$ 85 bilhões. Detalhe: o FNDE é comandado por Fernanda Pacobahyba, mais uma mulher.
“Quando você estabelece uma aliança com um partido político, nem sempre esse partido tem uma mulher para indicar”, disse o presidente. “Mas isso não quer dizer que eu não posso, no governo, tirar um homem e colocar uma mulher. Ainda posso trocar muita gente. Lamento, porque o que eu quero fortalecer no governo é passar a ideia de que a mulher veio para a política para ficar.”
Janja quer ter um gabinete no Palácio do Planalto
Janja chegou a admitir que deseja ter um gabinete no Palácio do Planalto, onde Lula despacha com auxiliares. “A primeira-dama dos Estados Unidos tem um”, argumentou, em entrevista publicada no domingo 5, no jornal O Globo.
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Ela também disse que as primeiras-damas norte-americanas têm “agenda e protagonismo, e ninguém questiona”. “Por que se questiona no Brasil?”, perguntou. “Vou continuar fazendo o que acho correto.”
Ela rebateu a ideia de que teria participação direta nas decisões do governo. “O povo acha que fico lá sentada”, disse. “Minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma cerveja.”
Podemos chamar de papagaiada, com muita benevolência. E se apoia nos ombros de quem?
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
A próxima poderia ser ela…
A minha tristeza maior é que enquanto o nove dedos ladrão estiver vivo , essa mentirosa e aproveitadora irá continuar a desperdiçar o dinheiro dos nossos impostos !