A suposta invasão de um hacker na última segunda-feira, 11, à conta no Twitter/X da primeira-dama, Rosângela “Janja” Lula da Silva, animou entusiastas do Projeto de Lei (PL) 2630/2020. Apesar disso, ele deve continuar parado na Câmara dos Deputados.
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Na opinião de alguns deputados, segundo apurou o Metrópoles, embora o governo tenha se manifestado em favor de resgatar o debate em cima da regulamentação das redes sociais, ainda não dispõe da quantidade de votos necessária para aprová-lo.
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A base do governo na Câmara buscou a votação do projeto ao longo de 2023. Seu relator era o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Sem votos o bastante, a Casa tirou o PL da pauta em maio, e desde então permanece sem previsão de retorno.
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Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, por exemplo, aproveitou a ocasião para defender a censura nas redes sociais. “A regulação das plataformas é providência urgente e essencial”, finalizou, depois de um longo tuíte em seu perfil.
O deputado federal André Janones (Avante-MG) seguiu a mesma toada. Ele é investigado pelo suposto esquema de “rachadinha”, apelidada em seu caso específico de “rachadones”.
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“Faz-se necessário a aprovação do PL 2630 o mais rápido possível”, opinou. “As big techs devem ter responsabilidades com a segurança digital e com tudo que é disseminado em suas plataformas.”
Seu colega Lindbergh Farias também aproveitou o ensejo. Junto com uma imagem em que se lê “regula já” em letras garrafais, o deputado federal defende que “o caso da Janja só mostra a necessidade do PL 2630″, que não se trataria de censura, mas regulação, segundo ele.