A Justiça Federal em Brasília suspendeu um processo administrativo da Polícia Federal (PF) contra o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
A decisão é da juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, assinada na terça-feira 8. Segundo apuração do jornal Folha de S.Paulo, a magistrada alega que a comissão interna que investiga Torres é suspeita e conduz o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) de forma “atípica e apressada”.
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“[Os indícios] somados evidenciam uma conduta administrativa atípica, contrária aos princípios constitucionais norteadores do Estado de Direito em que vivemos, pois foram ignoradas garantias individuais quanto ao devido processo legal”, diz a juíza na decisão.
A Polícia Federal abriu o processo contra Anderson Torres em 2023 para investigar uma suposta omissão durante os atos do 8 de janeiro. À época, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e estava nos Estados Unidos de férias.
A juíza destacou que a investigação interna avançou com uma série de problemas e pré-julgamentos que levantam suspeita sobre a conduta da comissão disciplinar responsável por analisar o caso.
Luciana argumenta que os fatos investigados não têm relação com a PF, já que Torres era secretário de Segurança Pública.
“Não tem qualquer lógica ou razoabilidade que o autor responda perante a PF, na condição de servidor da PF, por atos praticados no exercício da função política de SSP [Secretaria de Estado de Segurança Pública] do DF, dada a completa separação de funções e à total independência e autonomia existente entre os entes federados”, afirma.
A magistrada também mencionou que a escolha da 2ª Comissão Disciplinar da Corregedoria-Geral da PF para o caso não seguiu critérios claros. Ela levantou dúvidas sobre uma possível “distribuição direcionada” das investigações internas dentro da corporação.
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Delegado que investigava Torres já foi demitido pelo próprio ex-ministro
O delegado Clyton Eustáquio Xavier, presidente da 2ª Comissão Disciplinar, conduzia o processo contra Torres.
A defesa do ex-ministro argumenta que o delegado é suspeito de investigá-lo, porque foi demitido pelo próprio Torres, de cargo na Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça em 2021.
“O bom senso permite deduzir, com segurança, que seriam extremamente prováveis uma forte animosidade do agente exonerado e uma grande inclinação deste pelo desfecho desfavorável ao acusado ‘exonerador’”, disse a defesa de Torres.
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A juíza concordou com a defesa do ex-ministro. Ela diz que o próprio delegado Clyton demonstrou ter “animosidade” com Torres ao se defender contra a tese de suspeição e deu “andamento processual atípico, apressado”, que indica possível falha de conduta.
“Por tudo isso, não resta a menor dúvida que a instrução feita pela 2ª Comissão Disciplinar está completamente contaminada, cheia de irregularidades e de suspeitas de perseguição a servidor, sabe-se lá por quais motivos, o que não vêm ao caso”, afirma a magistrada.
Ela destacou ainda que a comissão privilegiava provas contrárias a Torres e ignorava depoimentos favoráveis ao investigado.
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“Salta aos olhos essa conduta administrativa às vezes apressada, às vezes tumultuada, desconectada das provas colhidas por lá, em franco desrespeito aos princípios da impessoalidade, da imparcialidade, da transparência, da necessidade da devida motivação dos atos administrativos, das garantias do contraditório e ampla defesa”, afirma.
O advogado defensor de Torres, Eumar Novacki, disse em nota enviada à Folha que a decisão confirma que o processo está “eivado de graves irregularidades”. A defesa ainda afirma esperar que o caso sirva de “referência para que a instituição reveja condutas e procedimentos”. A PF não quis se manifestar.
Essa corja ainda vai pagar por colocar homens inocentes na cadeia e deixar os meliantes livres.
FORAM COM TANTA SEDE DE VINGANÇA, OPS, AO POTE, QUE QUEBRARAM O POTE.
Tenho receio da retalhação que essa Juiza poderá sobre por simplesmente fazer prevalecer a Lei a Justiça , com teve ser feita em um País que a Justiça e justa.
Até que enfim alguém no Judiciário que tem pensamentos claros sobre as MARACUTAIAS que a PF anda fazendo.
Estava mais do que óbvio que tinha caroço neste angú.
A referida magistrada é uma luz no final do túnel em que o Brasil se encontra. Mas é à base de fonte solar, corrente ainda não contaminada pela rede de absurdos jurídicos visto ultimamente.
EVIDENTEMENTE que a conclusão da Juíza sobre o Procedimento Administrativo usado pela PF para tentar demitir Torres à tofo custa, apenas indica a “ponta do iceberg” do APARELHAMENTO pelo qual essa nobre Instituição passou após a Assunção do Governo Petista.
O ESTADO TEM de Pagar Indenização já….. Xandão é Shor tem de serem demitidos e presos…TODOS que participaram tem de serem colocados na lista da Interpol e mandar os nomes para os EUA cassarem os vistos desses bandidagem
A DIREITA TEM de fazer suas listas de congresso trairas e de pessoas do DeepState nazifascistas….STF, STJ, TSE, PF, Forças Armadas, PGR, MPF, IBAMA, a Direita tem de fazer a lista do nazifascista e demitirem e processarem
Este senhor é uma das vítimas do ” estado de exceção” em que vivemos, um verdadeiro preso político.
“Ainda há Juízes em Brasília”