O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) protocolou, nesta quarta-feira, 27, um requerimento de convocação para que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, esclareça os gastos das verbas com viagens.
Sob o comando de Anielle, o Ministério da Igualdade Racial já gastou R$ 12,5 milhões em 2023. Deste total, R$ 6,1 milhões foram destinados a pagar passagens aéreas e diárias de servidores.
A conta é referente a verbas discricionárias, de uso livre, e não considera emendas parlamentares executadas pela pasta nem gastos com servidores.
No requerimento, Kataguiri também questiona o fato de a ministra e sua equipe terem usado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para assistir à final da Copa do Brasil, entre São Paulo e Flamengo. O episódio ocorreu no domingo 24.
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O deputado também protocolou um requerimento de auditoria, solicitando o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU) para fiscalizar possíveis irregularidades nos gastos de Anielle com viagens do ministério. Os requerimentos aguardam a apreciação na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC).
Segundo Kataguiri, “esses requerimentos visam a garantir a transparência e a responsabilidade no uso dos recursos públicos”.
“Vale ressaltar que é crucial que as verbas destinadas a ministérios sejam utilizadas de maneira eficiente”, escreveu Kataguiri. “O ministério não pode se dar ao luxo de gastar de forma excessiva com viagens, enquanto muitas outras áreas carecem de recursos essenciais para atender às necessidades da população.”
A polêmica que envolve Anielle
No domingo 24, Anielle Franco causou polêmica ao usar um voo da Força Aérea Brasileira para ir de Brasília a São Paulo, onde assistiu à final da Copa do Brasil, no Estádio do Morumbi.
Torcedora do Flamengo, a ministra viu do camarote seu time perder o título para o São Paulo, depois de um empate em 1 a 1.
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A ministra assinou um “protocolo de intenções” de combate ao racismo nos esportes — o ato público foi feito em parceria com os ministros André Fufuca (de Esportes) e Sílvio Almeida (dos Direitos Humanos). Este último usou um voo comercial para chegar à capital paulista, enquanto Fufuca utilizou o voo da FAB, como Anielle.
Outro dado do Sistema Siga Brasil revela que, dos R$ 6,1 milhões gastos pelo Ministério de Igualdade Social com viagens, menos de um terço (R$ 1,78 milhão) foi com destinos fora do Brasil.
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Nem se reservar um avião da FAB Taxi Aereo ela vai comparecer. Esta aí é apenas uma que foi pega no pulo. Tem muitas Anielles nesse desgoverno desavergonhado.
mas não seria o MPF ou o STF que teria que pedir explicações em 5 dias?