O ex-procurador Deltan Dallagnol, que foi coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, reagiu nesta segunda-feira, 15, ao afastamento da juíza Gabriela Hardt e de dois desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Ele afirmou que a decisão é “frágil” e soa como “perseguição”.
“O que o CNJ está fazendo é perseguir politicamente juízes e servidores públicos que corajosamente combateram a corrupção”, diz Dallagnol. “E incutir medo em todos aqueles que tiverem à sua frente casos em que o cumprimento do dever legal contrarie os interesses dos poderosos.”
O afastamento foi determinado pelo ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que fiscaliza e administra o Poder Judiciário. A decisão dele foi tomada depois que uma fiscalização concluiu que houve irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e de leniência fechados na Lava Jato.
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O ministro justificou que a investigação administrativa revelou que, no período em que conduziu os processos da Operação Lava Jato, a juíza Gabriela Hardt conversou por mensagem com procuradores da força-tarefa sobre os termos do acordo que destinaria recursos da Petrobras para a criação de uma fundação privada.
“Este concerto, ao que tudo indica, fazia parte da estratégia montada para que os recursos bilionários obtidos a partir do combate a corrupção (acordos de colaboração, leniência, apreensão de bens e cooperações internacionais), fossem desviados para proveito da fundação privada que estava sendo criada”, diz um trecho da decisão.
Na época, a proposta gerou pesadas críticas à Lava Jato e a força-tarefa desistiu da iniciativa. O Supremo Tribunal Federal (STF) também interveio e determinou que o dinheiro fosse destinado a investimentos em educação e meio ambiente.
A nota de Dallagnol em defesa de Gabriela Hardt, ex-juíza de casos da Lava Jato
Em nota, Deltan Dallagnol afirmou que o CNJ não tem competência para avaliar o mérito das decisões dos juízes. Além disso, ele defende que o afastamento dos magistrados não poderia ter sido determinado, monocraticamente, pelo corregedor nacional. O plenário do Conselho Nacional de Justiça deve decidir nesta terça, 16, se mantém ou não a decisão.
“É inacreditável que o corregedor nacional de Justiça tome uma decisão tão grave como o afastamento cautelar de uma magistrada, com base em argumentos tão débeis, frágeis e ridículos”, disse Dallagnol. “Trazendo à tona a hipótese de que as punições desproporcionais, sem fundamentação e sem provas reais de irregularidades graves contra juízes e desembargadores que atuaram na operação Lava Jato ocorram unicamente por motivação política, a fim de agradar um presidente da República que foi condenado e preso pela Lava Jato e que já manifestou publicamente o desejo de se vingar dos agentes da operação.”
Em relação aos desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Lenz Loraci Flores de Lima e ao juiz Danilo Pereira Júnior, o corregedor do CNJ apontou que houve o descumprimento deliberado de decisões do Supremo. Foi o ministro Dias Toffoli, do STF, quem pediu a abertura do procedimento disciplinar sobre a conduta dos magistrados do Paraná.
Leia também: “Dez anos da Lava Jato: a corrupção venceu”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 208 da Revista Oeste
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
A canhotada não deixa por menos, vingança pura e sem anistia. Quando a direita voltar ao poder tem que agir da mesma forma, “com muito amor” e “sem medo de ser feliz”.
E assim a história vai sendo reescrita…
Salomão faz parte da banda podre do Judiciário.
Nenhuma surpresa.9
NÓS, SIMPLES LEITORES NÃO REUNIMOS MÍNIMAS CONDIÇÕES DE COMENTAR ALGO QUE OCORRE NOS BASTIDORES DESSES ÓRGÃOS. ENTRE A PALAVRA DE UM MILITANTE PLANTADO NESSES ÓRGÃOS POR UM DELINQUENTE E A PALAVRA DO DELTAN DALLAGNOL, FICO COM AS DECLARAÇÕES DESTE ÚLTIMO E CONTINUO A AFIRMAR COMO JÁ DISSE EM OUTRO COMENTÁRIO SOBRE ESSE MESMO ASSUNTO QUE TUDO ISSO NÃO PASSA DE PERSEGUIÇÃO A MAGISTRADOS, COMO VINGANÇA PESSOAL DESSE VAGABUNDO QUE ATUALMENTE FOI COLOCADO NA PRESIDENCIA DA REPÚBLICA.
O Salomão deve ser também da equipe da ditadura do judiciário. A tal fundação não foi criada e não arrecadou dinheiro. A Juíz não pegou um tostão das ações. Agora começaram a perseguir os desembargadores e depois ao STJ. O alvo é acabar com aquele discurso que as decisões do Moro foram aprovadas por três instâncias. Assim, tem que destruir este discurso. Dependendo da decisão do conselho a gente volta a falar.
Foi o Ministro Dias Toffoli a mando de quem? Xandão!
Luis Felipe Salomão já é conhecido por desmonetizar canais de direita. A Folha Política (website) até hoje consegue sobreviver de doações, mas deixa bem claro sobre o tal ministro.
É bandido PT classe 5 estrelas! Trabalha na sombra para não levantar poeira.
Como pegar bandidos políticos se o centrão e o presidente do senado não valem muita coisa. O Pacheco, aliás, não vale nada!