O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e responsável por processos da Lava Jato, autorizou a liberação de R$ 86 milhões. Os recursos foram pagos por delatores da operação. O dinheiro servirá para restituir os valores desviados dos cofres públicos em esquema de corrupção investigado pela força-tarefa no Estado.
O pagamento foi negociado no acordo de colaboração fechado pelos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, com o Ministério Público Federal. Pelo rateio, o governo do Rio ficará com R$ 41.710.376,01, a prefeitura com R$ 4.957.911,75, a União com R$ 5.519.347,75, a Petrobras com R$ 23.079.338,31 e a Caixa com R$ 11.107.795,31.
“Entendo ser razoável e justo que os valores recuperados (que supera cem milhões de reais) sejam destinados aos entes que foram lesados pelas condutas ilícitas praticadas”, argumentou Bretas, em decisão publicada na quarta-feira 8.
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Mas então houve roubo e corrupção, ministro Fachin?
Já, já os cofres públicos terão que devolver o dinheiro, com juros e correção monetária para os gatunos. É só esperar o STF se manifestar.