O economista Rodrigo Constantino disse nesta quinta-feira, 21, em entrevista ao programa Opinião no Ar, da RedeTV!, que conservadores e liberais possuem visões de mundo distintas das apregoadas pelos intelectuais de esquerda, mais voltadas a pautas coletivistas.
“O liberal, assim como o conservador, quer atuação limitada do Estado, quer descentralização de poder”, explicou o colunista da Revista Oeste. “O foco está no indivíduo, e não em abstrações coletivistas, que servem como um manto para esconder as pretensões particulares de projetos de controle.”
Constantino, que lançou neste ano o livro Pensadores da Liberdade, argumenta que os adeptos do liberalismo respeitam as instituições que contribuíram para o desenvolvimento da civilização. “Não dá para brincar de fazer revolução e tábula rasa de tudo aquilo que herdamos”, asseverou.
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Segundo o colunista de Oeste, os modelos econômicos estatizantes não levam em consideração que seus mecanismos de incentivo são nocivos. “Muitas vezes, essas medidas fazem com que as pessoas e as empresas se acomodem, não tenham a mesma dinâmica do setor privado”, observou.
Constantino argumenta que a Constituição Federal de 1988 é eivada de mentalidade estatizante. “Essa ideia não funcionou em lugar nenhum no mundo, não apenas no Brasil”, afirmou. “Não funcionou porque o ser humano é o mesmo de sempre: reage aos incentivos.”
Conforme avalia o economista, os princípios federalistas, que dão maior autonomia aos Estados na criação das leis e na gestão dos recursos públicos, são mais eficientes que os ideais centralizadores. “É necessário delegar mais poderes aos indivíduos e tirar o poder de Brasília”, concluiu.
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