O presidente Luiz Inácio Lula da Silva constrangeu os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda) por causa do desempenho ruim dos representantes do governo na reunião com o presidente do Paraguai, Santiago Peña. A diplomacia dos países se reuniu na segunda-feira 15, em Brasília, para discutir sobre tarifas da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Lula deu bronca nos ministros durante um encontro, na manhã da quarta-feira 17. O presidente cobrou de sua equipe iniciativa e sintonia para defender a posição do Brasil nas negociações.
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A reunião foi proposta pelos paraguaios para discutir o aumento do preço da energia elétrica cobrado pela usina. Os vizinhos do Brasil tentam pressionar o governo brasileiro a aumentar a tarifa. Com o reajuste, o Paraguai pretende utilizar o dinheiro para financiar projetos de desenvolvimento e infraestrutura no país.
Dívidas da usina foi quitada
Os países renegociam as bases financeiras do tratado que possibilitou a construção da usina, que fica na divisa entre Brasil e Paraguai. Em 2023, a dívida da obra foi quitada, e o valor da tarifa abaixou, mas o governo Peña pretende elevar o preço para conseguir maior arrecadação.
O governo brasileiro é contra o aumento da tarifa, especialmente pelo possível impacto na conta dos consumidores brasileiros. Lula defendeu, ao presidente do Paraguai, a ideia de que o valor seja definido por questões técnicas.
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Lula não queria a reunião por considerar que os valores deveriam ser discutidos entre os diplomatas e os representantes do Brasil e do Paraguai no conselho de Itaipu. Mas Peña insistiu em se reunir com o presidente brasileiro.
Durante a reunião, Lula considerou que não foi devidamente preparado por sua equipe sobre os argumentos contrários aos dos paraguaios, segundo a Folha. O presidente do Paraguai, que é ex-ministro da Fazenda do país, mostrou dados técnicos favoráveis ao aumento da tarifa.
Usina é importante para economia do Paraguai
A Usina de Itaipu é primordial para a economia do Paraguai, e o tema é considerado essencial pelo governo. O Ministério da Fazenda do Paraguai trata o assunto como um dos principais temas da pasta.
Peña chegou a apresentar um documento assinado por Lula e pelo ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo. O termo foi acordado em 2009, quando ambos se comprometeram em trabalhar contra a desigualdade regional no continente.
O governo paraguaio usou o texto como prova de um compromisso de Lula pela manutenção dos preços de Itaipu, mesmo depois do pagamento da dívida da empresa. O documento, porém, não cita diretamente a tarifa.
De acordo com a Folha, Haddad e o diretor-geral de Itaipu, Enio Verri, participaram da reunião e contestaram alguns argumentos utilizados pelo governo paraguaio.
A debate entre Lula e o presidente do Paraguai
O Brasil defende manter o valor de US$ 16,71 por kW (quilowatt). O Paraguai quer um aumento para US$ 22 por kW. A cada dólar acrescentado à tarifa, a empresa lucra US$ 136 milhões. O valor é dividido entre os dois países.
Lula tentou convencer Peña, relembrando negociações anteriores com os ex-presidentes paraguaios Nicanor Duarte e Lugo. Na ocasião, o presidente brincou ao dizer que era mais fácil negociar com Duarte, de direita, que com líderes que seguem a linha ideológica de Lula, como o caso de Lugo.
O documento apresentado por Peña serviu como base para que, na época, o Brasil financiasse a montagem de uma linha de transmissão entre a usina e Assunção, capital do Paraguai.
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O presidente Lula disse a Peña que, na ocasião, foi difícil convencer a população brasileira e parlamentares que o investimento no Paraguai seria bom para o Brasil.
O governo brasileiro também tentou convencer os paraguaios de firmar um acordo para permitir o funcionamento administrativo de Itaipu até que entrem em um consenso sobre a tarifa. Tradicionalmente, os países firmam este acordo provisório. Porém, desta vez, os paraguaios se recusaram a fechar o acordo.
Por isso, os fornecedores e os funcionários da usina ficaram sem receber. A diretoria-geral informou que está em busca de uma solução consensual.
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Depois da reunião, Lula reconheceu as dificuldades em acordar com Peña e disse que quer renovar o contrato da usina o mais rápido possível. Ele pretende ir ao Paraguai para seguir com as negociações.
“Eu disse ao companheiro [Peña] que vamos rediscutir a questão das tarifas de Itaipu”, afirmou Lula. “Temos divergência na tarifa, mas estamos dispostos a encontrar solução conjuntamente e nos próximos dias vamos voltar a fazer reunião.”
Levou uma ensaboada do paraguaio que sabe muito mais de economia do que nossos anões diplomáticos somados.
Ministros do pizidenti pinguço petista servem apenas para contar mentira nas redes e receber salário. Alguns além de mentir ainda prendem e julgam segundo suas mentiras.
Há um erro na matéria. Os ministros do lula não podem ser constrangidos, porque isso é uma condição de quem tem vergonha na cara e não vende a alma por um punhado de moedas como é o caso de todos os integrantes desse governo.
Com o molusco o Brasil perde sempre.
Esse Gabiru é um grande idiota.
Aumentar os impostos, taxas e valores de serviços públicos só são aceitos pelos molusco quando refletem no cofrinho do governo (e, por conseguinte, no bolso de alguns). Quando o Paraguay quer aumentar por lá, mas sem pagar caixinha para o lado de cá, ai não vale….
Os capach.. digo, “ministros” não se importam de serem reduzidos. Estão ali apenas para puxar o s. do chefe e obedecerem sem questionar. Quem nasce rato jamais se transforma em leão.
alem de ladrao e’ despreparado, vergonhoso