O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara um novo tour fora do país. Desta vez, o petista quer visitar países da África.
O Planalto estuda conciliar mais essa viagem com a Cúpula dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — prevista para ocorrer entre 22 e 24 de agosto, na Província de Gauteng, na África do Sul.
Esta será a segunda viagem de Lula ao continente africano desde que tomou posse, em janeiro deste ano. Há duas semanas, o presidente fez uma passagem por Cabo Verde, arquipélago africano no Atlântico.
Leia também: Governo Lula fecha 1º semestre com rombo superior a R$ 40 bilhões
Desta vez, o desejo de Lula é passar por Angola e São Tomé e Príncipe, onde haverá a Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A informação é do portal g1, da TV Globo.
Viagem a Cabo Verde
No encontro que teve com o presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, em 19 de julho, Lula defendeu — em um discurso polêmico — a posição de que há uma enorme gratidão com “o continente africano por tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão no nosso país”.
Leia também: Viagens de Lula ao exterior consumiram mais de R$ 7 milhões em hospedagem
O petista defende a ideia de que a África tenha algum representante no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e que a União Africana de Nações passe a integrar o G20 — grupo formado pelas maiores economias do mundo.
Anão diplomático
Em janeiro, quando Lula assumiu o terceiro mandato, ele já era o presidente brasileiro que mais tinha viajado pelo mundo. A lista reunia 139 partidas para o exterior, com destino a 80 países, além da Antártida, Guiana Francesa e Palestina.
Em alguns lugares, desembarcou mais de uma vez — por exemplo, 19 vezes na Argentina e 13 vezes nos Estados Unidos. Só neste ano, foi para nove países em cinco meses.
“O vexame diplomático tem sido criticado até por parlamentares do PT e seus aliados no Congresso”, descreve Silvio Navarro, na reportagem publicada na edição 166 da Revista Oeste. “Os deputados apontam dois responsáveis diretos pelo fiasco: a primeira é Janja, que interfere na lista de quem pode estar no avião e na escolha dos hotéis e dos roteiros pelas cidades; o outro é Celso Amorim, lotado no cargo de assessor especial para assuntos internacionais, mas que tem mais prestígio com Lula do que o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores.” Leia a reportagem completa aqui.
Muita coisa veio da África, não é mesmo? Claro que alguns estão extremamente agradecidos. Sem falar nos 350 anos de escravidão. Nossos irmãos africanos e seus descendentes devem ser tratados com o mesmo respeito que queremos para nós.