Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para derrubar a tese do marco temporal, a Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) decidiu pressionar o Congresso com um conjunto de propostas favoráveis à matéria.
Além do projeto de lei sobre o marco — que tramita no Senado e já foi aprovado pela Câmara —, o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), anunciou que o trabalho da bancada vai se concentrar em tramitar e aprovar duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs).
A primeira é a PEC 132/2015, que trata de indenizações prévias em terras utilizadas para demarcação. De autoria do ex-senador Paulo Bauer, a proposta está na Casa com o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS). O texto já foi aprovado pelo Senado anteriormente e agora está na Câmara.
A outra frente de atuação é a PEC 48/2023, do senador Dr. Hiran (PP-RR), que coloca de modo claro na Constituição a obrigatoriedade do cumprimento do marco temporal. A proposta já conta com a assinatura de 27 senadores.
“Ao definir um marco temporal, respeitamos a necessidade de proteger os direitos históricos das comunidades indígenas, ao mesmo tempo, em que consideramos a importância de garantir a estabilidade das relações sociais, econômicas e territoriais em nosso país”, diz o texto da PEC.
A tese do marco temporal é que um território indígena só poderia ser demarcado se houvesse uma comprovação de que o requerente estivesse no local quando a Constituição Federal foi promulgada, em 5 de outubro de 1988. No Supremo, os ministros tornaram a tese inconstitucional.
Indignada com a decisão do Supremo, a FPA ainda deve entrar com embargos de declaração no STF contra a determinação. Lupion afirmou que a Suprema Corte “extrapola o seu papel no sistema democrático”. Além disso, que um “calendário contra o agro” foi montado.
“O STF tem se colocado como legislador, usurpando funções do Congresso Nacional”, declarou o presidente da bancada do agronegócio. “Nós, deputados e senadores, somos os legítimos legisladores. Não consigo entender que isso seja acaso. O Congresso precisa ter o direito de exercer o seu papel de legislar.”
Atualmente, os ruralistas representam 309 deputados e 50 senadores. Para aprovar uma PEC, é necessário discutir a proposta e votar em dois turnos, em cada Casa do Congresso. Na Câmara e no Senado, são necessários três quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49).
Marco temporal: Supremo vs Congresso
Tanto na Câmara quanto no Senado, a maioria do Parlamento se posiciona favorável ao marco temporal. Em maio deste ano, com 283 votos a favor, a Casa Baixa aprovou o PL que limita a ocupação dos indígenas apenas em territórios em que eles estavam em outubro de 1988.
No Senado, apesar de o governo pedir vista na matéria, a aprovação da manutenção do marco é vista como certeira na próxima semana. A decisão do Supremo não impede a tramitação e a apreciação por parte do Senado. Se for aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário, o PL vai à sanção presidencial.
O presidente Lula então terá duas opções: acatar a decisão da maioria do Congresso ou vetar a lei em consideração a decisão do STF.
No Parlamento, a ala governista — que é contrária ao relatório da matéria — tem defendido a tese de que, se o STF julga um tema inconstitucional, uma lei infraconstitucional aprovada pelo Senado não pode superar o que já foi decidido.
“No Direito, se diz que a lei de eficácia morta”, explicou o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). “Se o STF julga um tema e o considera inconstitucional, uma lei infraconstitucional não pode superar o que já foi decidido. O Senado está votando uma lei que é norma infraconstitucional. Se a Suprema Corte declarou a inconstitucionalidade de uma matéria, a lei não pode ferir a Constituição.”
Conforme Randolfe, a exceção acontece apenas se o Congresso interferir por intermédio de uma PEC. “Se for PEC, o Legislativo consagra na Constituição”, continuou.
Nesse sentido, a ação da FPA é certeira, se os integrantes da bancada apoiarem e pressionarem pela PEC. A jornalistas, Lupion defendeu a obstrução dos trabalhos no Congresso até a aprovação do marco temporal no Poder Legislativo.
“Se for necessário obstruir os trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado, vamos para garantir o direito à propriedade e os direitos dos produtores rurais do Brasil”, explicou o presidente da bancada do agronegócio.
Um verdadeiro absurdo. Os imperadores do Brazaquistão são soberanos em tudo, cada dia se metem e um novo setor com a decisão espelhada no mexeu com um mexeu com todos. Assim, seja o q vc decidir, está garantido que todos lhe apoiarão, é mole ou quer mais????????????????????????????????????????
É preciso reagir ou eles continuarão avançando …
Vão obstruir o Congresso para que a CF/88 seja preservada ou para conseguir mais emendas parlamentares? Esse congresso é uma piada ruim.
ESSA BOBAGEM DE FALAR DAS TERRAS DOS INDIGENAS E ABSURDA DEMAIS.
TODOS SOMOS BRASILEIROS. OS INDIGENAS NUS SAO UMA ABERRACAO DO TEMPO. ELES DEVEM SER INTEGRADOS, DEVEM TRABALHAR TERRAS PROPIAS , CONSTRUIR CIDADES E INTEGRARSE A SOCIEDAD BRASILEIRA. DEVEM PARAR DE SER SELVAGENS E QUERER SEGUIR SENDO NOMADES EM PLENO SECULO 21.
E OS MESTICOS? E OS NEGROS? E OS CABOCLOS? TODOS TEM DIREITO A TER TERRAS DEMARCADAS SEGUNDO SUA ETNIA E NACIONALIDADE?
POR FAVOR! ISSO E UM ABSURDO MAIUSCULO!
congresso nacional omisso , inerte e calado….
supremo tribunal federal extrapolando todos os limites de razoabilidade….
Brasil em Trevas…
As bancadas BBB (bala, biblia e boi) não podem agir isoladamente, senão sofrerão derrotas sucessivas. Precisam combinar, em bloco, só destravar a pauta do Congresso, depois de conseguirem aprovar três PECs: contra o marco temporal, contra o aborto e contra a liberação das drogas.
Estou de saco cheio. Este mundo está ficando insuportável de se viver.
Primeiro vieram com a conversa que o branco tem uma dívida histórica para com os negros.
Eu não tenho dívida alguma. Se quiserem cobrar, cobrem dos meus tataravós. Eu não escravizei ninguém.
Agora temos uma dívida histórica para com os índios ?
Já tem índio médico, advogado, arquiteto e muito mais. Eles já assumem profissões dos brancos há muito tempo.
Tem índio que ainda, que ainda não conseguir evoluir ? Tem……mas também tem branco que ainda não conseguiu o seu quinhão, também. Que dívida temos com estes brancos ou com estes índios ou com os negros ? Que outra história vão inventar mais adiante ?
Até agora, os parlamentares ligados a FPA, em sua imensa maioria, votaram arcabouço e reforma tributária com o governo, parecia que o PT tinha 350 parlamentares. Será que Irão contrariar o governo? Vamos conferir.
A bancada ruralista na câmara possui algo em torno de 121 deputados e no senado, 41 senadores. Agora essa turma está lutando apenas por indenizações, porque as terras já perderam. Esses índios vagabundos vão receber uma terra toda beneficiada assim, de mão beijada. Vão produzir alguma coisa nessas terras? Não. Em poucos anos teremos de volta o ambiente do cerrado.
Esses deputados e senadores do agro acham que receberão indenizações prévias, como são inocentes, o máximo que receberão serão títulos da dívida pública que resgatarão sabe-se lá quando. Esse negócio deve acirrar os ânimos no campo e quem irá pagar o pato serão esses índios, podem anotar.