Quem passa em frente à Praça Cláudio Ábramo, no Jardim Europa, bairro de classe alta de São Paulo, estranha o policiamento ostensivo que fica estacionado no local, 24 horas por dia, sete dias por semana. Ali está localizada a casa de João Doria, ex-prefeito de São Paulo, ex-governador do Estado e ex-candidato à Presidência da República pelo PSDB.
Mesmo fora da vida pública, Doria vai contar com a segurança da Polícia Militar até 2026, graças ao artigo 20 do Decreto n°48.526, de 4 de março de 2004. O texto foi assinado pelo então governador Geraldo Alckmin.
Segundo a lei, o direito à segurança por forças policiais do Estado contempla “o ex-governador e familiares, durante o período de duração normal do mandato subsequente”. Ou seja, Doria e parentes próximos terão direito à “segurança pública individual” por mais quatro anos.
Na segunda-feira 13, estavam no local uma viatura e uma base móvel da Polícia Militar.
Versão da PM
Além de seguir o decreto, a Polícia Militar afirma que mantém a segurança no local “tendo em vista que João Doria continua a ser uma pessoa pública de destaque e alvo de recentes ameaças, quebras da ordem pública e depredações nas imediações do loca; a saída total e abrupta do policiamento ostensivo nos arredores se torna inviável, pois poderia causar um risco operacional à paz e à ordem”. A PM argumenta ainda que o policiamento no local garante “a segurança dos demais moradores do bairro, através da ostensividade.”
De volta à vida privada
Mesmo vencendo as prévias de novembro de 2021, derrotando Eduardo Leite e Arthur Virgílio, Doria foi perdendo força nas articulações dos últimos meses. Aos poucos, os tucanos aderiram à ideia de se juntar à corrente de centro, que discutia uma candidatura de ‘terceira via’. O ex-governador paulista anunciou a desistência em concorrer em 23 de maio.
Na segunda-feira 13, João Doria anunciou a despedida da vida pública. O ex-governador resolveu deixar a política depois de ser preterido pelo PSDB nas tratativas para a disputa das eleições presidenciais deste ano.
Agora, o PSDB deve ter o vice na chapa da senadora Simone Tebet (MS), do MDB. A candidatura também conta com o apoio do Cidadania.
Doria retoma a atividade privada depois de anos intensos na política. O empresário despontou como fenômeno eleitoral em 2016, ganhando a eleição para prefeito de São Paulo. Dois anos mais tarde, deixou o cargo para concorrer ao governo do Estado. Venceu mais uma vez, graças ao seu apoio à candidatura de Jair Bolsonaro.
No Palácio dos Bandeirantes, Doria passou para a oposição a Bolsonaro poucos meses depois de eleito. Embora tenha apostado todas as fichas na vacina chinesa CoronaVac, sua popularidade foi desidratando à medida que o governo intensificava as medidas restritivas impostas em razão da pandemia.
Na despedida da vida pública, Doria publicou uma mensagem nas redes sociais falando em “senso de dever cumprido” e pedindo desculpas por erros.
A partir do próximo mês, retomo minhas atividades na iniciativa privada. Deixo a vida pública com senso de dever cumprido. Pelos meus erros, peço desculpas. Pelos meus acertos, cumpri minha obrigação.
— João Doria (@jdoriajr) June 13, 2022
E os milhares de empregos que foram perdidos e as milhares de empresas fechadas como ficam?? Alguém irá dar “proteção” a elas ou está tudo bem? A responsabilidade tem de ser cobrada!
ERA PARA ESTAR COM PM 24h NA CADEIA JUNTO COM O RESTO DA TUCANALHA PAULISTA, QUE DESDE 1994 PROMOVEU A ASCENÇÃO DO PCC E PROLIFERAÇÃO DE PARASITAS NA MÁQUINA PÚBLICA.
Term que ter medo. Aquela vizinha dele não tolera nenhum da família.
Kkk… Parece tornozeleira eletrônica mais informal!
Tem que mudar tudo neste estado brasileiro. Se quiser segurança, o Calcinha é que pague!
Já vai tarde.